Chubut aposta no mercado de carbono: o parceiro climático deste projeto.

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O prefeito de Esquel, Matías Taccetta, juntamente com a diretora de Espaços Verdes, Carolina Lemir, teve uma reunião crucial com representantes da FLORA People & Planet e da Associação Cultural para o Desenvolvimento Integral (ACDI). O objetivo: analisar o potencial dos **mercados de carbono** em Chubut como fonte de financiamento para **recuperar áreas afetadas** por incêndios florestais e prevenir riscos em **florestas cultivadas**.

Durante o encontro, foi acordado **iniciar um estudo de viabilidade** para projetar iniciativas florestais que gerem créditos de carbono com alto valor ambiental e social. Esses créditos poderiam financiar ações concretas de **reflorestamento** e **manejo sustentável** em áreas vulneráveis do território de Chubut.

A iniciativa faz parte de um portfólio provincial de **projetos climáticos** que inclui a **restauração ativa de mais de 42.000 hectares** e o uso de tecnologias como o biochar, um resíduo carbonizado que melhora os solos e reduz os riscos de incêndios.

A parceria entre o município, as organizações técnicas e o Governo de Chubut busca posicionar Esquel como referência em **soluções climáticas baseadas na natureza**, articulando restauração ecológica com inclusão social e desenvolvimento local.

Restaurar a floresta, restaurar o futuro

Os mercados de carbono permitem que governos, empresas ou indivíduos compensem suas emissões de gases de efeito estufa investindo em projetos que capturam ou evitam essas emissões, como o reflorestamento ou o manejo florestal aprimorado.

Neste caso, Esquel busca implementar iniciativas certificadas internacionalmente que, além de reduzir as emissões, **restaurem ecossistemas** degradados, protejam a biodiversidade e gerem empregos verdes.

Um componente inovador do plano é o uso de **biochar**, uma técnica que **transforma resíduos florestais em carvão vegetal estável**. Esse material, quando incorporado ao solo, melhora sua estrutura, retém água e nutrientes e armazena carbono de forma duradoura, tornando-se **uma ferramenta poderosa contra as mudanças climáticas**.

A fase inicial do projeto incluirá a identificação de zonas prioritárias e a busca de financiamento tanto nacional quanto internacional. Serão priorizados **critérios de equidade social, participação comunitária** e governança ambiental, em conformidade com os mais altos padrões de qualidade e transparência.

O que é o mercado de carbono e para que serve?

O mercado de carbono é um dos vários instrumentos de precificação do carbono destinado a controlar e **reduzir as emissões de gases de efeito estufa**. O objetivo desta ferramenta é atribuir **um preço às externalidades ambientais negativas** geradas pelas emissões ao produzir um bem, um serviço ou uma atividade.

Trata-se de um sistema de comércio no qual governos, empresas ou indivíduos podem comprar e vender permissões de emissão ou créditos de carbono para compensar suas emissões de forma eficaz em termos de custo. Além disso, **funciona como um mecanismo de flexibilidade** para cumprir **limites ou metas de emissões** ou de redução de emissões.

O funcionamento do mercado é baseado na definição de **um limite de emissões ou uma meta de redução de emissões**, que pode ser voluntário ou regulamentado.

A iniciativa surgiu a partir da aprovação do **Protocolo de Quioto da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima** em 1997. Atualmente, existem mercados de carbono internacionais implementados nos termos do Artigo 6 do Acordo de Paris, sob padrões privados e sob normas nacionais e subnacionais.

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