Alerta na Patagônia pela presença do vison americano e sua ameaça à biodiversidade.

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As autoridades do Parques Nacionales de la Patagonia acenderam o alarme diante do avanço do vison-americano, uma espécie carnívora originária da América do Norte que tem perturbado o equilíbrio ecológico na região.

Este mamífero, introduzido na década de 1930 para a indústria de peles, tornou-se uma praga, afetando várias espécies autóctones, algumas delas em perigo de extinção.

Características do vison-americano

O vison-americano é um mamífero que habita rivers, lagos e pântanos.

  • Pelagem: densa e suave, de cor marrom escuro a preto.
  • Corpo: alongado e flexível, com patas curtas e garras afiadas.
  • Alimentação: peixes, crustáceos, insetos e pequenos mamíferos.
  • Comportamento: territorial, comunicando-se por sons e marcas de odor.

Sua adaptabilidade permitiu-lhe expandir-se rapidamente, sem predadores naturais na Patagônia, o que tem gerado um aumento preocupante em sua população.

Impacto ambiental e perigo para espécies autóctones

O vison-americano tem capacidades predatórias tanto em meio aquático como terrestre, chegando até a subir em árvores em busca de presas.

Isso tem provocado a desaparição de colônias inteiras de aves autóctones, como o macá tobiano, uma espécie emblemática da região.

Alfredo Allen, subsecretário de Planeamento de Bariloche, revelou em conversa com Cadena 3 que “dois visons sozinhos liquidaram uma colônia inteira de macá tobiano.”

Campanhas de controle e estratégias de conservação

Para conter sua expansão, os Parques Nacionales têm implementado campanhas de controle contínuas, focadas em zonas prioritárias, como locais de reprodução de espécies vulneráveis.

O referente de Fauna da Divisão Patagonia Norte, Hernán Pastore, explicou que a invasão do vison tem sido monitorada em áreas como Rio Negro, onde os esforços têm sido intensificados para evitar a extinção de espécies locais.

Eutanásia como último recurso?

A falta de predadores naturais e o crescimento descontrolado da população de visons tem levado a considerar a eutanásia como um método de controle.

Allen ressaltou que, embora seja uma decisão difícil, “o ser humano deve assumir a responsabilidade pela introdução desta espécie e sacrificá-los sem dor para evitar o sofrimento.”

A situação reacendeu o debate sobre como gerir espécies invasoras e seu impacto na conservação da fauna autóctone.

Um desafio ambiental urgente

A presença do vison-americano na Patagônia representa um sério problema ecológico, exigindo medidas de gestão eficazes para evitar um impacto irreversível no ecossistema.

Com esforços coordenados entre cientistas, autoridades ambientais e comunidades locais, busca-se mitigar os danos e preservar a biodiversidade patagônica.

Foto de capa: Mongabay

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