Reciclagem: a chave para prevenir a escassez de metais raros

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Para evitar a escassez de metais raros como o cobalto e o lítio, essenciais na transição energética, a reciclagem será crucial, conforme alertam os especialistas.

Desde o Peru até a França, passando pelos Estados Unidos, os países reivindicam a soberania sobre esses metais estratégicos.

No entanto, a China estendeu sua hegemonia na produção e refino, controlando entre 35% e 70% das capacidades de refino, conforme o ex-presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi.

Escassez de Metais Raros e Preços

A Agência Internacional de Energia (AIE) alertou sobre o risco de tensões no fornecimento e uma possível escassez de cobre ou lítio, essenciais para tecnologias com baixo carbono. Embora os preços do lítio, níquel e cobalto tenham caído em 2023, isso poderia frear os investimentos na mineração necessários.

Soluções e Reciclagem

Todos os Estados estão incentivando a mineração. No entanto, devido aos altos custos e ao tempo para desenvolver projetos, a reciclagem é considerada uma solução mais realista. A circularidade dos metais poderia satisfazer até 50% da demanda mundial a longo prazo, segundo Draghi.

Uma indústria de reciclagem poderia representar entre 10% e 15% do PIB dos países desenvolvidos em cerca de quinze anos, se contar com o apoio de bancos e Estados.

Futuro da Reciclagem de Metais

O grupo de reflexão americano RMI estima que o pico da exploração mineral para minerais estratégicos destinados às baterias deve ocorrer em meados da década de 2030.

Com a melhoria das técnicas de reciclagem, a demanda por minerais virgens poderia ser nula até 2040, atendendo às necessidades do mercado de baterias elétricas sem a necessidade de mais extração.

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