México: criado um inovador sistema para medir a qualidade da água

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O Centro de Inovação, Desenvolvimento Tecnológico e Aplicações em Internet das Coisas (CIIoT) do Tec de Monterrey desenvolveu uma plataforma original para medir a qualidade da água. Trata-se do “Internet of Water“, uma plataforma tecnológica baseada na Internet das Coisas (IoT).

O sistema monitora rios, lagos, lagoas e córregos, medindo os níveis de contaminantes presentes neles.

A instituição de ensino que desenvolveu o sistema é a universidade mexicana número um em engenharia e tecnologia, de acordo com o QS World Ranking 2025.

Como funciona o inovador medidor de qualidade da água

Isso ocorre em um contexto de grave problema de poluição da água no México: 60% da água potável está contaminada. De acordo com dados da Rede Nacional de Medição da Qualidade da Água (RENAMECA), 59,1% dos corpos d’água superficiais, como rios, córregos, lagos e zonas costeiras, apresentam algum grau de contaminação.

Apenas 40,9% está em conformidade com os padrões de qualidade que garantem acesso efetivo à água potável.

No Internet of Water, foram integrados sensores projetados especificamente para medir uma variedade de substâncias presentes na água, elementos que o tornam um sofisticado sistema de monitoramento com um gateway de comunicação.

Este envia dados para antenas para sua transmissão a um banco de dados, painéis solares que alimentam baterias de lítio de baixo consumo, e boias que mantêm o dispositivo à tona.

Como obter o Internet of Water

Atualmente, é comercializado através da AIoT4All, uma startup do Tec de Monterrey focada no desenvolvimento de produtos tecnológicos com inteligência artificial.

A universidade colaborou com financiamento na forma de capital semente e fornece espaços para pesquisa e operação. A equipe especializada foi desenvolvida com fundos do ITESM e do Governo do Estado de Jalisco.

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“Esta plataforma flutuante abriga sensores que medem diversos parâmetros para determinar a qualidade da água, atualmente avaliando 25 parâmetros com oito variáveis diferentes”, explicou Alfredo Figarola, professor do Tec de Monterrey no Campus Guadalajara e líder do CIIoT.

Os sensores analisam parâmetros como oxigênio dissolvido, turbidez, pH, temperatura, sólidos dissolvidos e condutividade.

Assim como contaminantes como chumbo, cádmio, fosfatos e valores como a demanda química de oxigênio (DQO) e a demanda biológica de oxigênio (BDO), entre muitos outros.

A origem do Internet of Water

O projeto surgiu como uma iniciativa do governo do estado de Jalisco para avaliar as condições do Rio Grande de Santiago, declarado em 2020 como o afluente mais contaminado do país.

Como funciona a inovação. Como funciona a inovação.[/caption>

O governo contatou o professor Figarola para desenvolver um dispositivo que pudesse medir os contaminantes dissolvidos de forma automática. Além de fornecer informações objetivas para tomada de decisões de remediação.

A equipe do CIIoT empreendeu uma pesquisa exaustiva e projetou uma
plataforma que monitora o rio utilizando sua experiência nas tecnologias de IoT (Internet das Coisas).

Após o desenvolvimento do primeiro protótipo, foram realizados testes de conceito em ambientes reais, enfrentando diversos desafios.

Um dos principais desafios foi a falta de conexão com a Internet ao longo do rio, então tiveram que encontrar formas de fazer a plataforma se comunicar com as antenas para transmitir as informações coletadas.

Para isso, foi configurado um Gateway LoRa (low range) para emitir um sinal para um microcontrolador que pudesse receber e processar os dados e armazená-los em um banco de dados.

Quatro anos após a ideia original, a versão atual superou esses
desafios. Conforme destacaram, é muito mais avançada e funcional que o protótipo inicial.

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