Denunciam uma nova lei em Salta que permitiria o desmatamento em massa de 720 mil hectares de florestas.

Más leídas

Por: canal26.com

A proposta normativa permitiria a derrubada em massa, o que representa um sério retrocesso na proteção dos ecossistemas da região, ao legalizar práticas de desmatamento atualmente proibidas.

O governo de Salta, liderado por Gustavo Sáenz, enfrenta duras críticas pelo impulso de um projeto de lei que permitiria a derrubada em massa de mais de 700 mil hectares de florestas nativas, conforme denunciado pela organização ambientalista Greenpeace.

A medida, que poderia ser aprovada antes do final do ano, foi qualificada como uma violação direta da Lei Nacional de Florestas, desencadeando uma forte controvérsia tanto na província como a nível nacional.

Em um comunicado, a Greenpeace destacou que a proposta normativa representaria um grave retrocesso na proteção dos ecossistemas da região, ao legalizar práticas de desmatamento atualmente proibidas.

“O Governo de Sáenz busca dar impunidade legal aos grandes produtores agropecuários para arrasar com as florestas de Salta”, afirmou Noemí Cruz, coordenadora da Campanha de Florestas da ONG.

desmatamento

A polêmica: flexibilização encoberta da Lei de Florestas

O projeto introduz uma nova classificação denominada “Zona Amarela com círculo verde”, que, segundo os ambientalistas, permite o desmatamento em áreas que até agora estavam protegidas. “Estamos diante de uma evidente flexibilização da norma para permitir desmatar onde hoje não se pode”, explicou Cruz.

Segundo detalhou a organização ambiental, foram desmatados 174.024 hectares de florestas protegidas em Salta entre 1998 e 2017. Desde a sanção da Lei de Florestas em 2007, metade dos desmatamentos foram ilegais.

Além disso, o governo salteño convocou repetidas vezes audiências públicas para autorizar desmatamentos a grandes produtores agropecuários. Entre eles, estão: Agrodesmontes S.A., SILHER S.R.L., Antonio Ricardo Talavera, María Luisa Bracero, Campos del Trópico S.A., Alberto Cañizares, Rodrigo René Cuellar, José Ignacio Lecuona de Prat e Joaquín Alejandro Paz Salazar.

A magnitude do território em questão, 720 mil hectares, equivale a mais de 35 vezes a superfície da Cidade Autônoma de Buenos Aires, o que destaca a dimensão do impacto ambiental que poderia ser gerado. Além da perda de biodiversidade, os especialistas alertam sobre as consequências sociais e econômicas para as comunidades indígenas e camponesas que dependem diretamente da floresta.

A proposta gerou uma onda de críticas por parte de ONGs, setores acadêmicos e grupos sociais que exigem um debate público e transparente sobre o ordenamento territorial. Segundo a Greenpeace, este projeto não apenas contradiz a Lei Nacional de Florestas, mas também coloca em risco os compromissos internacionais assumidos pela Argentina em matéria de mudanças climáticas e sustentabilidade.

No meio deste cenário, os ativistas pediram a intervenção das autoridades nacionais para garantir o cumprimento das normas ambientais. Enquanto isso, a província de Salta permanece atenta ao avanço deste projeto, que poderia se tornar um dos maiores conflitos ambientais pela derrubada em massa dos últimos anos no país.

Já conhece nosso canal do YouTube? Inscreva-se!

Últimas noticias

Rafaela torna-se uma cidade livre de fogos de artifício sonoros para festas inclusivas.

A Prefeitura de Rafaela relançou a campanha de conscientização enquadrada na Ordenança Nº 5.081 de 2016, que declara a...

Noticias relacionadas