A pesca de arrasto é uma das modalidades mais predatórias, motivo pelo qual será deixada para trás nas costas de Villa Gesell, na província de Buenos Aires. Após uma longa disputa judicial entre os setores ambientalistas e pescadores artesanais contra a indústria pesqueira, o governo da província de Buenos Aires decidiu encerrar essa atividade.
A proibição da pesca de arrasto nas costas da localidade costeira foi anunciada dias atrás através do Boletim Oficial, que incluiu o comunicado assinado pela subsecretária de Agricultura, Pecuária e Pesca de Buenos Aires, Carla Seain.
Nesse sentido, a Resolução 8/24 do ministério informa a suspensão de duas resoluções aprovadas em 2006, as quais autorizavam a pesca de arrasto durante o período de 1º de abril a 31 de outubro de cada ano para barcos de até 19,3 metros de comprimento.
Foi justamente essa autorização que levou os grupos ambientalistas, pescadores esportivos e artesanais a se oporem à pesca de arrasto, argumentando que os barcos pesqueiros “depredam sem nenhum tipo de controle” os recursos da costa de Villa Gesell.
Um julgamento que proíbe a pesca de arrasto
Após a denúncia desses grupos contra a pesca de arrasto, a justiça da província de Buenos Aires decidiu estabelecer uma medida cautelar para suspender as resoluções que autorizaram essa atividade. Este recurso recebeu a aprovação da Câmara de Apelações e, inclusive, da própria Suprema Corte da província, que finalmente determinou torná-la efetiva.
Neste contexto, a Prefeitura Naval da Argentina denunciou a presença de 8 navios pesqueiros na zona proibida durante o mês de setembro. Por esse motivo, a Direção Provincial de Pesca ratificou a proibição estabelecida pela Justiça.
De fato, a Resolução detalha que é proibida a pesca com redes de arrasto nos 10 quilômetros de costa que a localidade de Villa Gesell possui, sempre dentro das três milhas náuticas.
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