A Área Natural Protegida Privada “La Siempre Viva” em Chipiscú, San Luis, foi o local onde libertaram uma águia mora e um abutre, ambas aves nativas, voltaram a cruzar os céus.
Sua reabilitação foi realizada no Centro de Conservação de Vida Selvagem. A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável concretizou essa liberação, destacando a importância desses esforços de conservação.
Processo de reabilitação e liberação das aves nativas
A águia mora passou um ano se recuperando com a equipe veterinária de La Florida. Já o abutre teve uma recuperação breve devido às suas boas condições.
Ambas aves foram reabilitadas fisicamente e comportamentalmente. A águia mora, uma ave de bom tamanho com um comprimento de 60 a 70 centímetros e uma envergadura de quase 2 metros, normalmente se alimenta no chão.
Do encontro participaram a responsável pela Fauna provincial, Carla Ocaña Leroy; a veterinária do CCVS, Julieta Poggi; o guarda-parque de Quebrada de Las Higueritas, Samuel Olivieri; o delegado local de San Luis Agua, Arturo Sosa; Ariel Amejeiras do estabelecimento Roca Blanca; Diego Gallego García e José Hernán Sarasola do Centro de Estudos e Conservação das Aves de Rapina (CECARA); a titular de “La Siempre Viva”, Daniela Pardo; além de moradores de Chipiscú e Santa Rosa del Cantantal.
Oficina de aves de rapina e situação crítica da águia coroada
Posteriormente, os membros do CECARA ofereceram uma oficina de aves de rapina, onde enfatizaram a situação crítica enfrentada pela espécie águia coroada e como, por meio de ações simples, as comunidades podem ajudar essa espécie em perigo de extinção.
A população de águias coroadas é inferior a 1000 indivíduos em sua área de distribuição que abrange desde o centro da Argentina até o Brasil, Paraguai e Bolívia.
“A águia coroada se apresenta como uma aliada de nossos campos, já que se alimenta principalmente de ofídios, serpentes venenosas. Por isso é importante conservar esse animal no campo”, destacou Gallego García.
Importância da conservação da fauna selvagem
A conservação de nossa fauna selvagem é vital para a preservação dos ecossistemas, como a floresta chacoana ou o espinilho, que estão em risco de desaparecer devido ao desmatamento e ao avanço da fronteira agropecuária.
“Animais tão grandes e vistosos como a águia coroada são uma bandeira de conservação”, concluiu Gallego García.
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