A reciclagem de borracha salvou a economia de uma vila amazônica.

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Com a reciclagem de borracha, uma atividade que salvou a economia de Marajó, uma vila amazônica do Brasil, ressurgiu. O recente ressurgimento da profissão de “seringueiro” em uma região empobrecida do norte do país ativou uma economia sustentável e devolveu o emprego a centenas de famílias. As mesmas que viveram gerações do auge da borracha da Amazônia, até que a demanda afundou no final do século XX. Agora, uma iniciativa da empresa local Seringô possibilitou que mais de 1500 seringueiros retomassem seu trabalho para fabricar produtos como calçados e, além disso, cuidar da selva e dos recursos. ## Reciclagem de borracha: como é feita a técnica
Reciclagem de borracha. (Foro:AFP -Pablo Porcincula).
Reciclagem de borracha. (Foro:AFP -Pablo Porcincula).
Para concretizar a atividade, são feitos cortes cuidadosos na árvore (seringueiras), para não danificar o tronco. Esses exemplares, nativos da Amazônia, logo começam a verter seu látex, e os trabalhadores colocam recipientes para contê-lo. Segundo os seringueiros, esse líquido só sai se for estimulado com frequência, sendo fundamental manter a constância. Em seguida, o líquido é misturado com vinagre até obter uma pasta branca, que é pendurada em uma corda por dez dias para secar. A borracha está pronta para ser vendida para a Seringô, que a recupera. A desflorestação disparou em Marajó quando a demanda por borracha amazônica para fabricar pneus desapareceu, devido a países como a Malásia começarem a plantar seringueiras em grande escala. ## Um ofício familiar Com um dos piores índices de desenvolvimento humano (IDH) do Brasil, “era necessário gerar renda em Marajó”, explica Zélia Damasceno, que fundou a Seringô junto com seu marido para estimular a bioeconomia na região. Embora no início tenham incentivado a artesanato, com o tempo também encontraram outra opção para fabricar: calçados. Sua fábrica em Castanhal, a leste da ilha, produz diariamente cerca de 200 pares de tênis esportivos e sandálias biodegradáveis, feitas de 70% de borracha e 30% de pó de açaí. Recentemente, recebeu o apoio do governo do estado do Pará para alcançar a marca de 10.000 “seringueiros” em Marajó. Isso dentro de um programa de desenvolvimento na região lançado antes da COP30 da ONU, prevista para novembro em Belém.

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