O bilionário Bloomberg financiará órgão climático da ONU após saída dos EUA

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O multimilionário americano Michael Bloomberg anunciou na quinta-feira que sua fundação financiará o órgão da ONU sobre mudança climática, após a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris por decisão do presidente Donald Trump.

Depois de assumir a presidência, Donald Trump confirmou que os Estados Unidos sairão do Acordo de Paris. Ele fez isso ao assinar várias ações executivas que, além disso, consolidam sua intenção de apostar nos combustíveis fósseis e reverter o progresso do país em relação à mudança climática.

As primeiras medidas de Trump vêm enquanto os incêndios incentivados pela mudança climática assolam o sul da Califórnia.

A intervenção de Bloomberg permitirá que a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (CQNUMC) mantenha seu financiamento apesar da suspensão das contribuições pelos Estados Unidos.

Os Estados Unidos contribuem com 22% do orçamento da secretaria da CQNUMC, cujos custos operacionais para o período 2024-2025 estão projetados em cerca de 96,5 milhões de dólares.

De 2017 a 2020, durante um período de inação federal, cidades, estados, empresas e o público responderam ao desafio de manter os compromissos de nosso país, e agora estamos prontos para fazê-lo novamente”, declarou Bloomberg em comunicado. Bloomberg atua como Enviado Especial da ONU para Ambição e Soluções Climáticas.

Esta é a segunda vez que Bloomberg cobre o vácuo deixado pela saída americana.

Em 2017, quando o primeiro governo de Trump saiu do Acordo de Paris, Bloomberg ofereceu até 15 milhões de dólares para apoiar a CQNUMC.

Também lançou uma iniciativa para monitorar o cumprimento dos compromissos climáticos americanos, permitindo ao mundo verificar os progressos do país como se ainda fizesse parte do Acordo de Paris.

Bloomberg assegurou que desta vez manterá o compromisso de reportar os avanços em matéria climática.

“Contribuições como esta são vitais para permitir que a secretaria climática da ONU apoie os países no cumprimento de seus compromissos sob o Acordo de Paris e promova um futuro para todos com baixas emissões, resiliente e seguro”, declarou Simon Stiell, secretário da CQNUMC.

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