Preveem aumento de incêndios florestais: qual é a única solução eficaz

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Embora os incêndios florestais na sua maioria tenham origem na ação humana (seja por negligência, acidente ou intencional), estima-se que com as mudanças climáticas, eles serão cada vez mais frequentes.

Nesse sentido, há apenas uma solução que parece promissora: trabalhar na prevenção.

Existem formas de promover um comportamento integrado na gestão de incêndios por meio da educação e conscientização. Não se trata apenas de um problema florestal.

Incêndios florestais: a única solução eficaz

Os dramáticos incêndios florestais que devastaram a região de Los Angeles, destruíram comunidades inteiras e causaram bilhões de dólares em danos.

Outro cenário dramático ocorre na Patagônia argentina, onde ainda há focos ativos e aproximadamente 13.000 hectares de floresta já foram consumidos.

A situação é alarmante. (Foto: Reuters).
A situação é alarmante. (Foto: Reuters).

Isso apenas revela por que os países devem investir mais para deter essas chamas devastadoras antes que comecem.

Por que os incêndios aumentarão

Esses incêndios florestais estão aumentando rapidamente em intensidade, frequência e duração devido à crise climática e às mudanças no uso do solo, de acordo com Amy Duchelle, da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

“Os incêndios florestais basicamente exigem três elementos – uma fonte de combustível, um clima quente e seco e uma fonte de ignição”, explicou.

“A situação em Los Angeles apresentava esses três elementos em nível severo, incluindo fortes ventos que faziam com que os incêndios continuassem ardendo fora de controle”, detalhou sobre a situação na Califórnia, Estados Unidos.

“Acredito, e muitos estão dizendo, que estamos em uma nova era em termos de incêndios florestais causados pelas mudanças climáticas, incêndios florestais catastróficos, portanto, a abordagem para lidar com esses incêndios florestais precisa ser diferente“, apontou em conversa com o Econews.

O foco na prevenção

Nesse sentido, ela sugeriu uma mudança de foco para o futuro. “Historicamente, tem se dado muita atenção à extinção, mas é necessário investir muito mais na prevenção, ou seja, abordar o problema dos incêndios florestais antes mesmo que comecem a queimar”, destacou Duchelle.

“Muitos países têm implementado muitos desses aspectos, mas é preciso trabalhar muito mais”, acrescentou.

Nesse sentido, ela relatou que a FAO tem um extenso programa de promoção da gestão integrada de incêndios.

“E estamos tentando fazer exatamente o que foi dito antes: apoiar os países a aumentar sua capacidade de gestão integrada de incêndios, concentrando-se muito mais na prevenção do que na mera extinção e resposta“, acrescentou.

O fogo já consumiu cerca de 13.000 hectares na Patagônia

Essas declarações ocorrem em um contexto em que o mundo enfrenta esse tipo de incêndios ferozes. Na Patagônia argentina, o fogo já devastou cerca de 13.000 hectares de floresta, arbustos e pastagens.

Esses territórios abrangem as áreas de Epuyén e Atilio Viglione, na província de Chubut, e do Parque Nacional Nahuel Huapi, em Rio Negro e Neuquén.

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