Camarões: biodiversidade, natureza e turismo na costa de Chubut

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Camarones, localizado na costa de Chubut, surge como um enclave chave na costa provincial. É um lugar onde a biodiversidade convive com as comunidades locais, gerando oportunidades a partir da sua conservação.

Isso também o torna atraente do ponto de vista turístico, para desfrutar de um descanso único, conhecendo espaços naturais.

O corredor costeiro marinho tem uma extensão de 1634 km, e abrange duas das quatro regiões em que a província está dividida (Região de Virch-Valdés e Região do Rio Senguer-Golfo San Jorge). É onde reside 78,7% da população total.

Assim é Camarones, um verdadeiro refúgio da biodiversidade

A Reserva da Biosfera Patagônia Azul e o Parque Interjurisdicional Marinho Costeiro Patagônia Austral (PIMCPA), juntamente com a Área Natural Protegida (ANP) Cabo Dos Bahías, estabeleceram um precedente na proteção desses ecossistemas.

pinguins Os pinguins na costa de Chubut. (Foto: Projeto Patagônia Azul).

De acordo com a subsecretária de Conservação e Áreas Protegidas de Chubut, Nadia Bravo, as áreas protegidas são uma estratégia fundamental para o desenvolvimento sustentável do território.

Porque, “embora o principal propósito seja a conservação a longo prazo da diversidade biológica e cultural, são espaços que fornecem bens e serviços ecossistêmicos essenciais para a sociedade e a vida em geral”, afirmaram.

Entre esses benefícios, Bravo destaca que colaboram com a regulação do clima, proporcionam o ambiente ideal para a pesquisa científica, a educação e a formação ambiental, e possibilitam o desenvolvimento de atividades turísticas e recreativas responsáveis que promovem o desenvolvimento social e econômico local e regional.

O potencial de uma proteção efetiva

Cabo Dos Bahías é um exemplo de como a conservação pode integrar-se com a atividade local. “A sua colônia de pinguins e leões-marinhos atraem turistas de todo o lado, que visitam a região para se maravilhar com a vida selvagem no seu ambiente natural”, destacam.

Este fluxo de visitantes gera uma atividade constante na localidade de Camarones, onde os viajantes procuram alojamento, desfrutam da gastronomia local e descobrem outros atrativos da região.

Leões marinhos A biodiversidade de Chubut. (Foto: Projeto Patagônia Azul).

Neste sentido, a proteção deste ambiente fortalece o desenvolvimento sustentado da comunidade.

Mas Cabo Dos Bahías não está isolado. Esta área natural protegida provincial é abraçada pela Reserva da Biosfera Patagônia Azul e muito próxima dela encontra-se o Parque Interjurisdicional Marinho Costeiro Patagônia Austral.

“Estes três níveis de conservação representam, sem dúvida, uma oportunidade para que o turismo se fortaleça e se posicione como um setor socioeconômico que promove a conservação e impulsiona o desenvolvimento sustentável”, afirmaram a partir da pasta ambiental.

O papel da conservação de recursos

Num contexto global complexo, onde se vive uma tríplice crise identificada pela alteração climática, a perda de biodiversidade e a poluição, é fundamental incentivar a conservação dos recursos naturais em convivência com usos produtivos sustentáveis.

As áreas protegidas desempenham um papel crucial na preservação dos ecossistemas e também podem tornar-se impulsionadoras do desenvolvimento local.

Experiências em outras partes do mundo demonstraram que a gestão eficiente de espaços naturais pode gerar um equilíbrio entre conservação e crescimento sustentável.

Em Chubut, as áreas protegidas são uma estratégia fundamental para a conservação a longo prazo da diversidade biológica e cultural.

Camarones. (Foto: Maike Friedrich-Patagônia Azul).

Além disso, como indicou Bravo, “fornecem valores culturais, emocionais e espirituais obtidos das relações humanas com os ecossistemas”. E acrescentou: “constituem cenários de integração da conservação da biodiversidade com o seu uso sustentável”.

No corredor costeiro marinho, fortalecer a proteção das suas paisagens e espécies permitiria ampliar os benefícios já observados em locais como Cabo Dos Bahías.

“O desafio está em consolidar um modelo de conservação que integre a comunidade, garantindo que a biodiversidade seja mantida em bom estado enquanto se geram oportunidades reais para aqueles que habitam a região”, afirmaram a partir da pasta ambiental.

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