Os legisladores da Cidade do México aprovaram por ampla maioria uma legislação que proíbe as corridas de touros violentas. Faz parte de uma iniciativa chamada “corridas de touros sem violência”.
Esta medida elimina a morte dos touros na arena e proíbe o uso de objetos pontiagudos que possam ferir os animais. Além disso, estabelece limites sobre o tempo que os touros podem permanecer no redondel.
A votação resultou em 61 votos a favor e um contra. O resultado desencadeou celebrações entre defensores dos direitos dos animais e fúria entre os apoiadores da tauromaquia.
Reações divididas após a medida que proibiu as corridas de touros
A mudança na legislação gerou intensas protestos por parte dos aficionados às corridas de touro e dos toureiros. Alguns manifestantes tentaram atravessar uma barricada policial no Congresso local.
Por outro lado, defensores dos direitos dos animais e a prefeita Clara Brugada, do partido Morena, celebraram a decisão como um avanço em direção ao respeito pelos direitos dos animais e contra os maus-tratos.
Tradição versus crueldade animal
Durante décadas, as corridas de touros têm sido uma tradição enraizada no México e em outras nações da América Latina, atraindo multidões às arenas. No entanto, essa prática tem sido alvo de críticas devido à sua crueldade com os animais.
Segundo grupos de direitos dos animais, aproximadamente 180.000 touros são sacrificados a cada ano em corridas ao redor do mundo.
Em junho de 2022, um juiz na Cidade do México determinou que as corridas violavam os direitos dos moradores a um ambiente saudável e livre de violência, proibindo a prática.
Essa decisão foi celebrada por ativistas como um passo rumo à eliminação definitiva dessa tradição, mas toureiros e outros defensores argumentaram que a proibição afetou economicamente a cidade, já que a Associação Nacional de Criadores de Touros de Lide assegurou que a tauromaquia gera mais de 200.000 empregos diretos e indiretos no México.
Em 2023, a Suprema Corte de Justiça da Nação anulou a proibição, o que permitiu que as arenas de corridas de touros retomassem suas atividades. No entanto, a nova legislação parece buscar um compromisso entre os defensores dos direitos dos animais e os fãs da “festa brava”, transformando as corridas em um espetáculo sem violência.
Foto da capa: Ginnette Riquelme – AP
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