Num esforço conjunto para proteger o nandu (Rhea pennata) e aumentar a população, 15 exemplares selvagens foram transferidos do Parque Patagônia Argentina, em Santa Cruz, para o Parque Nacional Patagônia do Chile, na região de Aysén.
Este projeto busca restaurar as populações de nandus, uma espécie em perigo de extinção na Patagônia chilena, em áreas onde diminuíram drasticamente. Isso se deve à caça, à sobreexploração pecuária e à destruição de ninhos.
Processo de reintrodução
Os 15 nandus passarão por um período de adaptação em currais antes de serem liberados em seu habitat natural.
Desde 2015, o Parque Patagônia do Chile tem trabalhado em um programa para aumentar a população dessa espécie, incluindo sua criação em centros de reprodução. Atualmente, existem cerca de 68 nandus em liberdade, e espera-se alcançar 100 para garantir uma população auto-sustentável.
Importância do projeto
O ministro da Agricultura do Chile, Esteban Valenzuela, destacou que essa ação binacional poderia servir como modelo para futuras iniciativas de conservação.
A Fundação Rewilding Chile, responsável pelo projeto, enfatizou que a reintrodução do nandu não apenas protege essa espécie endêmica sul-americana, mas também contribui para equilibrar os ecossistemas da região.
Características do nandu
O nandu, considerado a ave de maior tamanho no Chile, mede entre 90 e 100 cm e não voa, mas suas pernas longas permitem-lhe correr a grande velocidade.
A espécie é vital para os ecossistemas da Patagônia, mas enfrentou uma forte diminuição em Aysén devido à pressão humana.
Um legado de conservação
O Parque Patagônia, onde os nandus serão libertados, faz parte do legado do filantropo Douglas Tompkins, que doou 8.000 km² de terras para o Chile e Argentina para a conservação da natureza.
Foto de capa: IStock
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