A capital da Geórgia é acolhedora com cães de rua e os adota como animais de estimação de seus cidadãos.

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A capital da Georgia, Tbilisi, destaca-se por sua amigável abordagem aos cães de rua. Estes foram integrados ao ambiente urbano, tornando-se os animais de estimação de todos os residentes.

Milhares de cães circulam livremente pelas ruas e parques da cidade sem causar qualquer inquietação entre os transeuntes. Quase todos os cães possuem um chip de cor na orelha, visível a vários metros de distância, que é seu certificado de vacinação e esterilização.

Podem ser vistos desfrutando das horas de sol perto de entradas de prédios públicos, como a sede do Governo, restaurantes e onde desejarem, sob o olhar indiferente e, na maioria das vezes, carinhoso dos transeuntes. Mas nem sempre foi assim.

História e transformação dos cães de rua em Tbilisi

“Sou de Tbilisi desde sempre e me lembro perfeitamente de como nos difíceis anos da última década de 1990 todos tínhamos medo das numerosas matilhas de cães famintos que vagavam pelas nossas ruas”, diz o escultor Guela Petiashvili à agência EFE.

O artista é autor de uma obra concebida como uma escultura provisória, de curta duração – seis meses, no máximo -, mas que já está há mais de dois anos no parque Vasó Godziashvili.

“Onde está o nosso lugar?”, é o título da composição escultural de três cães correndo em fila, cada um com seu respectivo chip.

“Se com este monumento conseguimos salvar, mesmo que seja, um único cão de rua, seria maravilhoso”, afirma Petiashvili. Seus cães de pedra são um sucesso entre as crianças e ele tem pedidos para instalar esculturas similares em diferentes cidades do país.

Cães de rua com nome: um fenômeno em Tbilisi

Os cães do monumento não têm nome, algo que, segundo o escultor, deve despertar mais compaixão por eles, mas não os cães de rua de Tbilisi. “Jurda” (Pouca coisa) é o nome do pequeno cachorro que vive em uma casinha de madeira instalada pela prefeitura perto da entrada da estação de metrô Universidade Técnica.

Até mesmo no pátio em frente à sede do Governo é possível ver cães tomando sol. “Já é uma rotina. Antes de começar o dia, eu dou a eles algo para comer que trouxe de casa”, diz à EFE Gueorgui, funcionário da administração executiva.

Para os estrangeiros que visitam Tbilisi pela primeira vez, chama a atenção o que para os habitantes é algo comum: as tigelas com água e comida para os cães sem dono em frente a muitas lojas e até restaurantes da cidade.

“A atitude em relação aos cães de rua está relacionada com o desenvolvimento de nossa sociedade”, afirma à EFE Sofia Beroshvili, apresentadora de um programa de televisão semanal dedicado aos cães.

Integrar os cães no ecossistema urbano

“Os chips que eles têm nas orelhas são uma garantia de segurança. Os tempos em que os cães de rua em busca de comida aterrorizavam os habitantes de Tbilisi ficaram no passado”, afirma Beroshvili, destacando que foi estabelecida uma relação amigável entre as pessoas e os cães de rua.

Segundo a Agência de Monitoramento de Animais (AMA) da Prefeitura de Tbilisi, no ano passado foram esterilizados cerca de 9.000 cães de rua, um aumento de 25% em relação a 2023.

A AMA, que possui cerca de 150 funcionários, incluindo veterinários, conta com equipes de primeiros socorros para animais. Com a ajuda da organização protetora de animais Mayhew, criaram um mapa digital dos locais habitados pelos cães de rua em Tbilisi para facilitar seu cuidado.

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