Colégio de Veterinários de Mendoza é acusado de encobrir informações sobre o manejo de mulas no Aconcágua.

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Após o escândalo pela presença de 70 mulas de carga no Aconcágua em estado de desnutrição e deterioração geral de sua saúde, a subsecretária de Ambiente e Energia de Mendoza admitiu a gravidade da situação e acusou o Colégio de Veterinários de Mendoza, com quem havia um acordo para o programa de Bem-Estar Animal.

A funcionária afirmou que o órgão ocultou as informações das verificações realizadas nos animais das empresas que operam no monte para a realização das ascensões.

“O Colégio de Veterinários se retirou durante a temporada e não forneceu as informações requeridas dos relatórios dos controles que realizavam para nosso monitoramento. Eles atuavam como intermediários entre o Governo e os dois veterinários que trabalham no Aconcágua. Esse modelo de contratação não foi o mais eficiente e hoje estamos procurando recontratar os dois profissionais, mas a entidade não terá nenhuma relação nesse processo”, assegurou Nuria Ojeda ao portal de notícias UNO.

“Estou indo todas as semanas monitorar a situação. Por enquanto, são os guardas-parques que estão supervisionando os controles médicos que as empresas que operam no monte devem apresentar como requisito”, esclareceu a subsecretária do ministério presidido por Jimena Latorre.

Mudanças no Programa de Bem-Estar Animal e posição do Colégio de Veterinários de Mendoza

Além das mudanças implementadas, há uma investigação em curso pela Unidade Fiscal de Crimes contra o Meio Ambiente.

Entre os casos mais evidentes de crueldade animal está a situação de uma mula que foi encontrada queimada com ácido por carregar uma bateria e dezenas de mulas que foram encontradas com feridas, perda de sangue e em estado de desnutrição no Aconcágua. Já há 10 arrieiros acusados por essa situação.

Imagem dolorosa que testemunha o mau tratamento animal sofrido pelas mulas de carga utilizadas no Parque Provincial Aconcágua (Fundação Cullunche).

Diante do pedido da Fundação Cullunche para abolir essas práticas, ou seja, a utilização desses animais para carregar todos os tipos de insumos e transportá-los aos diferentes acampamentos, Ojeda pediu realismo. “Devemos nos situar no contexto que temos no Aconcágua com locais onde faltam serviços; estamos trabalhando nisso, mas não podemos pensar que hoje é viável usar drones para carregar pacotes diante da grande quantidade de avanços e mudanças que precisam ser aprofundadas antes”.

Em 21 de janeiro passado, o Colégio de Veterinários informou que em 15 de janeiro foram encerrados unilateralmente os acordos porque “não foram garantidas condições dignas e necessárias para o correto desempenho profissional de nossos colegas”.

“Um parágrafo à parte são as acusações sobre as supostas propinas recebidas por nossos inspetores por parte das empresas, o que criou um clima de desconfiança”.

No comunicado, eles também exigem o pagamento das taxas aos empresários que alugam as mulas e que o acordo de pagamento, que foi assinado na época, seja cumprido.

No entanto, Ojeda destacou que pelos serviços dos profissionais, a província depositou ao Colégio de Veterinários a quantia de $9.382.000, destinados a cobrir os custos de treinamento e outras despesas.

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