Colômbia aprovou a Lei Anjo, chave contra o abuso animal

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A Colômbia aprovou a Lei Ángel e deu um passo histórico para o país em termos de defesa dos direitos dos animais e combate ao maltrato.

A legislação surge como a ferramenta legal mais importante para combater as formas mais graves de violência contra os animais. Reforça as penas, atribui mais poderes às autoridades e até legisla em matéria educacional.

O que diz a Lei Ángel

A Lei Ángel estabelece, essencialmente, um endurecimento das penas para quem cometer atos de crueldade animal.

Ángel, vítima de crueldade, a quem a lei deve o nome. (Foto: AsociacionMi / X) Ángel, vítima de crueldade, a quem a lei deve o nome. (Foto: AsociacionMi / X)

Entre as disposições mais destacadas, encontra-se o aumento da pena privativa de liberdade para quem matou intencionalmente um animal, o feriu gravemente ou o submeteu a abuso sexual.

Essas penas excederão os três anos de prisão, o que implica que esses delitos deixarão de ser passíveis de fiança.

Além disso, as multas econômicas também aumentarão significativamente, passando de cinco salários mínimos mensais para um intervalo de 15 a 30 salários mínimos em casos de lesões graves, e de 30 a 60 salários mínimos quando o ato resultar na morte do animal.

A legislação introduz novos agravantes para os crimes contra os animais. Entre eles, a violência vicária, que se refere ao uso de um animal como meio para causar dano emocional a outra pessoa, a divulgação de pornografia ou cenas de violência animal, e a agressão a animais no contexto de atividades econômicas.

Também serão sancionados a mutilação de animais, entre outras condutas.

Casos de urgência

No âmbito policial, a Lei Ángel autoriza a Polícia Nacional a entrar em residências quando houver evidência clara de que a vida de um animal está em perigo iminente.

Lei contra o maltrato animal na Colômbia.

A lei também tem impacto no campo educacional, através da sensibilização e capacitação dos operadores de justiça. Promotores, juízes, inspetores de polícia, entre outros, devem receber formação obrigatória em temas de proteção animal.

A dura história de Ángel, o rosto por trás da lei

A nova legislação deve seu nome e origem ao cão Ángel, que se tornou um símbolo na luta contra o maltrato animal na Colômbia. Ele faleceu há poucos dias, devido a complicações derivadas das sequelas do brutal ataque que sofreu em 2021.

Em plena rua, foi vítima de um ato cruel de violência: um homem, sob efeito de substâncias alucinógenas, o atacou com um facão e o esfolou vivo.

Ele sobreviveu com cerca de 80% do corpo sem pele. Esse caso chocou a sociedade e evidenciou a urgência de reforçar as medidas contra o maltrato animal.

Apesar da gravidade do ataque e das denúncias apresentadas pela cuidadora do cachorro, o agressor de Ángel continua em liberdade.

O que falta para a implementação da Lei Ángel

Com a aprovação unânime no Congresso, o texto da lei deverá ser conciliado entre a Câmara dos Deputados e o Senado antes de ser sancionado pelo presidente Gustavo Petro. 

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