Uma operação precisa e oportuna permitiu resgatar um jovem elefante marinho, que havia ficado severamente enredado em uma correia de motor. O animal tinha comprometida a mobilidade de uma de suas barbatanas peitorais.
A ação foi liderada pelo guarda-fauna Marcelo Franco, que utilizou ferramentas de corte especializadas para libertar o animal. Estes equipamentos foram doados pela Comissão Baleeira Internacional para a Rede de Fauna Costeira, facilitando intervenções em casos de enredamento como este.
Graças à sua habilidade e conhecimento, Franco conseguiu remover o objeto sem causar lesões adicionais, devolvendo ao elefante marinho a possibilidade de se mover livremente e continuar seu desenvolvimento em seu habitat natural.
Um alerta ambiental que permitiu a ação rápida
Dias antes do resgate, o subsecretário de Ambiente de Chubut, Fernando Pegoraro, detectou a presença do animal preso. Foi enquanto fazia um levantamento de resíduos pesqueiros na costa, em particular de caixas de pesca abandonadas. Após marcar a localização com GPS, notificou imediatamente os especialistas.
Nesta quarta-feira, uma equipe de resgate composta por Marcelo Franco, juntamente com os pesquisadores Ricardo Vera (CCT Conicet Cenpat Puerto Madryn) e Julieta Campanha (ONG Wildlife Conservation Society – WCS Argentina), acessou o local. Para chegar ao local exato, percorreram a pé mais de uma hora e meia por um campo localizado no sur de Península Valdés, até encontrar o exemplar enredado.
A ameaça dos resíduos marinhos
Este incidente reflete a crescente problemática do lixo “fantasma”, termo que se refere aos resíduos abandonados ou perdidos no oceano, como cordas, redes, correias e plásticos. Estes elementos, ao ficarem à deriva, se tornam armadilhas mortais para espécies marinhas, afetando gravemente a biodiversidade.
O caso do jovem elefante marinho enredado não é isolado. Múltiplos registros indicam que o impacto destas ações humanas negligentes continua aumentando, colocando em perigo a fauna costeira.
Um resgate chave para a conservação
É importante lembrar que, após o surto de gripe aviária que afetou gravemente esta espécie no ano passado, cada exemplar tem um valor incalculável nos esforços para recuperar a população.
Portanto, intervenções como esta não representam apenas um ato de proteção animal, mas também são fundamentais nas estratégias de conservação a longo prazo.
Foto da capa: El Chubut