Em uma significativa operação conjunta, a Secretaria de Saúde Animal de Funes (Santa Fé) e a Polícia Ecológica conseguiram resgatar 40 aves de espécies nativas protegidas destinadas ao comércio ilegal.
Elas estavam mantidas em cativeiro em uma residência próxima à interseção entre Martínez de Irala e José Ingenieros.
Espécies protegidas resgatadas e destinadas ao comércio ilegal
Segundo informado pelo departamento municipal, entre os animais recuperados na tarde de sexta-feira estavam vinte e oito pássaros híbridos, cinco cardeais, um sabiá-peito-branco, um corbatita e um rei-da-floresta que estariam destinados ao mercado clandestino.
Operação de resgate extensa
Após a descoberta feita pela Saúde Animal de Funes, a operação de resgate, que também contou com o apoio da Proteção Civil, durou mais de quatro horas até conseguir retirar e garantir a integridade das dezenas de aves mantidas em cativeiro na zona oeste da cidade.
Por fim, o proprietário do imóvel foi colocado à disposição do Ministério Público. Espera-se que nas próximas horas também seja divulgado o destino das aves recuperadas.
Tráfico ilegal de fauna: alguns dados para entender a problemática
O mercado do comércio ilegal de vida selvagem gera, segundo estimativas, entre 15 e 20 bilhões de dólares americanos por ano. É o quarto comércio ilegal mundial após os crimes relacionados à venda de drogas, falsificações e tráfico de pessoas.
Mais de 100 espécies de aves, 20 de répteis e 15 de mamíferos de nosso país são afetadas pelo tráfico de fauna. Dentre elas, cerca de 20 estão em uma categoria de ameaça.
As principais espécies que são alvo de tráfico para o exterior são:
- Aves: cardeal, federal, tucano e papagaio falante.
- Répteis: tartarugas
- Mamíferos: macacos, felinos e veados
- Mamíferos marinhos
Os compradores são principalmente colecionadores (empresários, pessoas comuns e traficantes) com o objetivo de possuir os exemplares para si ou para criar e vender, devido à demanda por algumas espécies.
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