Encontrada no Equador uma serpente invasora originária da Índia e do Sri Lanka

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Pela primeira vez, a Indotyphlops braminus, uma serpente invasora originária da Índia e do Sri Lanka, foi detectada no Equador, especificamente na província de Guayas.

De acordo com uma pesquisa recente publicada na Check List pelos cientistas Eduardo Zavala e Alejandro Arteaga, esta espécie chegou ao país possivelmente através do comércio de plantas ornamentais.

Locais de avistamento no Equador

Os pesquisadores identificaram exemplares desta serpente invasora em expedições recentes e através de fotografias antigas na plataforma iNaturalist.

Foram encontrados espécimes em diversos setores de Guayaquil, incluindo:

  • Ciudadela Bellavista.
  • Escuela Superior Politécnica del Litoral.
  • Guayacanes.
  • Parque Clemente Yerovi.
  • Parque Lineal Kennedy Norte.
  • Samanes 3.
  • Vía a la Costa.
  • Unidad Educativa Nuevo Mundo.
  • Capeira.

Além disso, a espécie também foi registrada na urbanização Bouganville, em Samborondón.

Características da serpente cega brâmane

A Indotyphlops braminus, conhecida como serpente cega brâmane, é a espécie de serpente mais numerosa e distribuída mundialmente. Suas principais características incluem:

  • Reprodução por partenogênese, ou seja, não requer fecundação por um macho, permitindo que um único indivíduo estabeleça uma nova população.
  • Hábitos noturnos, o que dificulta seu avistamento.
  • Vida subterrânea, ocasionando confusão com vermes de terra.
  • Dieta baseada em formigas e cupins.

Essa capacidade de adaptação permitiu sua introdução bem-sucedida em vários países, onde foi catalogada como invasora devido ao seu potencial impacto ecológico.

Possível impacto no ecossistema equatoriano

Embora ainda não tenha sido determinado o impacto exato desta serpente no Equador, os cientistas alertam que sua presença poderia representar um risco para espécies nativas. Sua capacidade de competir por recursos e o potencial de servir como vetor de patógenos poderiam afetar espécies ameaçadas.

“A coexistência de Indotyphlops braminus com espécies endêmicas poderia representar desafios de conservação”, indicam os pesquisadores.

Pesquisas futuras

Dado que é difícil de detectar devido ao seu habitat subterrâneo e comportamento noturno, novos estudos são necessários para avaliar a magnitude de seu impacto no ecossistema equatoriano. A comunidade científica continuará monitorando sua presença e possíveis efeitos.

Este achado reforça a importância de controlar espécies invasoras, uma vez que sua introdução acidental pode alterar o equilíbrio ecológico em novas regiões.

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