Uma operação de resgate realizada pela Brigada Quebracho da Direção Geral de Prevenção de Crimes Rurais permitiu salvar um gato-do-mato sul-americano que ficou preso no quintal de uma casa em Santa Elena, província de Entre Ríos.
A operação foi ativada após um telefonema de um vizinho alertando sobre a presença de um animal selvagem em situação de risco. Ao chegar ao local, os agentes constataram que o felino estava preso entre os galhos de uma árvore.
Com manobras cuidadosamente planejadas e executadas, os agentes conseguiram libertar o animal sem causar ferimentos, garantindo sua integridade física em todo momento.
Uma vez resgatado, o gato-do-mato foi contido e levado para uma delegacia, onde permanece sob proteção enquanto seu destino é definido, seguindo os protocolos de conservação da fauna nativa.
O gato-do-mato, um habitante sigiloso de nossos ecossistemas
O gato-do-mato sul-americano (Leopardus geoffroyi) é uma das espécies de felinos selvagens mais comuns na América do Sul, mas nem por isso menos vulnerável. Ele habita florestas, pastagens, serras e áreas de vegetação baixa, desempenhando um papel fundamental no equilíbrio ecológico como controlador de populações de pequenos roedores.
De tamanho médio, pode atingir até 60 cm de comprimento (sem contar a cauda) e pesar entre 3 e 5 kg. Sua pelagem manchada —que pode variar do cinza ao amarelo acastanhado— permite que se camufle eficazmente entre a vegetação. Embora tenha hábitos solitários e principalmente noturnos, pode se aventurar em áreas urbanas se seu habitat for perturbado ou fragmentado.
Apesar de não estar classificado como em perigo crítico, ele enfrenta múltiplas ameaças: a perda de habitat, a caça furtiva e os atropelamentos em estradas. Sua captura ou posse é proibida pelas leis de proteção da fauna selvagem na Argentina.
Este resgate não apenas evidencia a importância de contar com brigadas especializadas, mas também a necessidade de conviver com respeito em relação às espécies nativas. Quando um felino como este aparece em áreas urbanas, é sinal de desequilíbrios que merecem atenção sob uma perspectiva ambiental.
Fonte: El Entre Ríos.
