Um marco para a conservação da fauna nativa está prestes a se concretizar em Santa Cruz. Serão liberados pichones de Macá Tobiano, que foram criados em cativeiro, em seu habitat natural.
Trata-se de uma espécie endêmica da província, que habita lagoas de alta montanha, e está em perigo de extinção.
Sua população diminuiu consideravelmente nos últimos anos, e por isso foram implementadas diferentes estratégias de conservação.
Santa Cruz liberará pichones de Macá Tobiano: como será o marco
O Programa Patagonia desenvolveu um protocolo para a incubação e criação de Macá Tobiano, com o objetivo de aumentar a população e garantir sua sobrevivência.
Segundo informações, esse protocolo inclui a coleta de ovos nas lagoas de nidificação, sua incubação em condições controladas e a posterior cria dos pichones.
Isso é feito em um ambiente simulado até que estejam prontos para serem liberados em seu habitat. Lá, eles podem aprender a sobreviver e se reproduzir por conta própria.
A liberação é realizada em lagoas estrategicamente selecionadas, onde foram identificadas condições favoráveis para sua sobrevivência.
“Um passo crucial para a conservação”
Acontece que essas aves estão em perigo de extinção. Nesse sentido, o Programa Patagonia considera a liberação de juvenis como “um passo crucial na conservação desta espécie”.
Espera-se que essa iniciativa contribua para a recuperação da população no futuro.
Os pichones de Macá Tobiano serão liberados no Estuário do Rio Santa Cruz. Este processo, incluindo a preservação e a criação em cativeiro, será realizado pela primeira vez no país com uma espécie ameaçada.
O local de liberação surge do trabalho coletivo entre as instituições e está relacionado a poupar-lhes sua primeira arriscada migração.
“Nos últimos cinco anos, a reprodução natural de Macá Tobiano tem sido praticamente nula, apesar do esforço constante dos guardiões das colônias – técnicos do Projeto Macá Tobiano”, consideraram no Projeto Patagonia.
“Por isso, há 10 anos, começou-se a considerar que a criação ex situ poderia ser uma boa esperança para evitar sua extinção. Hoje está mais claro do que nunca: é a melhor e, talvez, única estratégia para salvá-lo”, destacaram do projeto”, acrescentaram.
Além disso, os juvenis “serão marcados com anéis vermelhos numerados, que permitirão fazer acompanhamentos quando retornarem às mesetas”.
