A área de Conservação de San Juan alertou sobre a crescente preocupação com a caça ilegal de aves e outros animais na província. Nesse sentido, Mario Santori, responsável pela área, destacou que o joão-de-barro é uma das espécies mais afetadas por essa prática. “Existe um mercado ilegal onde pessoas usam armadilhas para caçar e comercializar esses animais”, explicou Santoni para um veículo de imprensa local.
De acordo com especialistas, esse fenômeno não só coloca em perigo a fauna local, mas também se tornou um negócio lucrativo, sendo o valor do animal variável dependendo se é macho ou fêmea.
Além do joão-de-barro, o responsável pela área mencionou que também há outras espécies, como a diuca, os tatus, as maras e os guanacos, que também estão sob forte pressão de caça. Por outro lado, o caso dos guanacos é especial, já que sua caça é realizada principalmente para consumo, embora Santori tenha esclarecido que não se trata de uma necessidade, mas sim de pessoas que matam os animais utilizando veículos 4×4.
Apesar de existirem algumas fazendas dedicadas à criação de animais, o responsável pela área enfatizou que essas não são destinadas à reprodução para comercialização. Diante dessa situação, as autoridades de San Juan decidiram reforçar os controles de caça em toda a província, com ênfase especial em áreas como Bermejo, a região alta de Ullum, La Difunta Teresa e 25 de Mayo, onde a presença de pessoal foi intensificada.
Uma conquista para o município
Entre as conquistas mais recentes da província está o resgate de 132 aves e 123 animais, bem como a apreensão de 16.790 quilos de lenha de florestas nativas e 115 autos de infração por crimes contra a fauna e a flora. Segundo Santori, o balanço das ações até agora é positivo, com expectativas de aumentar o número de infrações no próximo ano.
“O caminho está correto, e confiamos que este ano superaremos os números alcançados em 2023”, indicou o responsável. Além disso, ele destacou a importância de mudar a cultura de caça de aves, apontando que as infrações são fundamentais para evitar a destruição da fauna autóctone.
O joão-de-barro é ameaçado pela caça ilegal. Foto: Wikipedia.Cada vez mais comprometidos com a preservação do joão-de-barro
Por outro lado, Santori lembrou que quando assumiu o cargo, a falta de recursos era evidente: “No início tínhamos poucos veículos e equipamentos. Com o tempo, conseguimos melhorar os recursos disponíveis para o pessoal”. Este ano, já foram emitidos 115 autos de infração, superando os 80 registrados em 2023, e espera-se um aumento nos próximos meses.
O trabalho de conservação também inclui investigações conjuntas com a Polícia de San Juan e a Gendarmería, com quem compartilham informações para identificar e capturar os caçadores ilegais. “Estamos trabalhando de forma coordenada para proteger nossa fauna silvestre“, concluiu Santori.
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