Na região de Quintana Roo, México, uma brigada especial já está realizando tarefas para investigar e capturar o conhecido como “peixe-diabo”. Trata-se de uma espécie altamente invasiva que poderia causar graves danos ambientais.
Embora seja originário da região da América do Sul, recentemente foi confirmada a sua presença na lagoa de Bacalar, na mencionada zona mexicana.
Os perigos do peixe-diabo no México
O peixe-diabo ou cascudo (Pterygoplichthys spp.) é uma espécie nativa da América do Sul. No entanto, recentemente, o Colégio da Fronteira Sul, de Quintana Roo, confirmou a sua presença na lagoa de Bacalar.
Trata-se de um peixe invasor, que tem o potencial de causar “impactos ambientais” e também econômicos em corpos de água doce, conforme indicado pelo diretor geral do Instituto de Biodiversidade e Áreas Naturais Protegidas (IBANQROO), Javier Carballar.
Na noite de 8 de fevereiro, dois peixes identificados como peixe-diabo foram capturados na margem do Cenote Negro a profundidades de oito e três metros, respectivamente.
Além disso, foram registrados os dados biométricos como comprimento total, peso e determinação do sexo, informou Mateo Sabido, Chefe do Departamento de Áreas Naturais Protegidas da Zona Sul do IBANQROO.
Com essas capturas, confirma-se a invasão do peixe-diabo no corpo lagunar.
A brigada especial
Por isso, foi implementada a primeira brigada de investigação e captura do peixe-diabo em dois cenotes da Lagoa de Bacalar.
É composta pelo IBANQROO, em coordenação com:
- A Subdireção de Ecologia e Meio Ambiente da Prefeitura de Bacalar,
- A Polícia Municipal, Bombeiros,
- Membros do Projeto Aak Mahahual A.C.,
- Prestadores de serviços turísticos
Para a governadora Mara Lezama Espinosa, “é uma prioridade trabalhar em conjunto em prol da conservação”, no âmbito do Novo Acordo pelo Bem-estar e Desenvolvimento de Quintana Roo.
Por isso, a brigada trabalhará primeiro nos cenotes Negro e Cocalitos na Lagoa de Bacalar.
As autoridades e voluntários estabeleceram acordos, incluindo a organização de brigadas de prospecção e captura dessa espécie em locais estratégicos da Lagoa de Bacalar.
Fortalecer a divulgação com o setor de prestadores de serviços turísticos e implementar uma rede de avistamentos também faz parte das funções.
O pedido das autoridades
Segundo as autoridades locais, essas ações são fundamentais para divulgar e sensibilizar a população sobre a problemática ambiental. Além disso, pediram para “trazer aliados para sua gestão e controle”.
A busca pelo peixe-diabo. (Foto: Governo de Quintana Roo).
Nesse sentido, foi divulgada uma mensagem através de redes e canais de comunicação: “Se avistar um “peixe-diabo”, notifique a Subdireção de Ecologia e Meio Ambiente de Bacalar”! Através dos números 983 155 5898 ou 983 106 9565, lembre-se de que sua colaboração é importante para a conservação de nossa biodiversidade“.
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