Um recente análise da morfologia craniana das girafas confirmou o que estudos genéticos haviam apontado quase uma década atrás: **a existência de quatro espécies distintas de girafas**. Esta descoberta tornou-se crucial para a conservação dessas [criaturas emblemáticas](https://noticiasambientales.com/animales/las-jirafas-podrian-ser-incluidas-en-la-lista-de-especies-en-peligro-de-extincion/), especialmente considerando que restam apenas **117.000 girafas em estado selvagem na África**, segundo a **Giraffe Conservation Foundation (GCF)**, líder do estudo.
Durante anos, a taxonomia das girafas foi objeto de debate, com teorias que sugeriam **diferenças entre suas espécies baseadas na aparência**. No entanto, não havia uma investigação sistemática sobre isso até que a GCF, em colaboração com instituições como o **Senckenberg Biodiversity and Climate Research Center**, confirmou por meio de análises genéticas que as girafas se dividem em quatro espécies: Girafa Masai, Girafa do Norte, Girafa Reticulada e Girafa do Sul.
Este avanço foi alcançado graças ao **escaneamento 3D de 515 crânios de girafas**, coletados em parques nacionais, fazendas, taxidermistas e museus de todo o mundo. Desta forma, **o projeto conseguiu reunir o maior conjunto de dados conhecido** para uma espécie de vida selvagem de porte médio a grande.
Por sua vez, análises morfométricas geométricas em 3D confirmaram não apenas **diferenças claras entre machos e fêmeas**, mas também características morfológicas específicas entre as quatro espécies, especialmente em seus ossicones (estruturas ósseas semelhantes a chifres). Neste sentido, o Dr. **Nikolaos Kargopoulos**, autor principal do estudo, destacou que essas descobertas têm **implicações significativas para a conservação das girafas**, muitas das quais enfrentam populações criticamente baixas em estado selvagem.
## **![jirafas-zoo-rio-300×211.jpg](https://noticiasambientales.com/wp-content/uploads/2022/01/jirafas-zoo-rio-300×211.jpg)**
## **Um esforço interdisciplinar para a conservação das quatro espécies de girafa**
A pesquisa, que envolveu a colaboração de universidades como a **Universidade de Cidade do Cabo** e a **Universidade Autónoma de Madrid**, entre outras instituições europeias e africanas, é um exemplo de ciência interdisciplinar voltada para a **preservação da biodiversidade**.
Por esse motivo, os professores **Anusuya Chinsamy** e **Jesús Marugán-Lobón**, participantes-chave no projeto, destacaram que esse tipo de trabalho colaborativo não só aumenta a compreensão das girafas, mas também é um **passo essencial para garantir sua sobrevivência na África**.
Vale ressaltar que os resultados deste estudo enfatizam **a urgência de adotar medidas de conservação específicas para cada uma das quatro espécies**, especialmente aquelas em perigo crítico. Segundo a GCF, este avanço ajuda a iluminar o que eles chamam de **”extinção silenciosa”** das girafas e destaca a necessidade de decisões baseadas na ciência para proteger esses gigantes gentis e preservar a biodiversidade africana.
![jirafas-1-300×201.jpg](https://noticiasambientales.com/wp-content/uploads/2023/04/jirafas-1-300×201.jpg)
## **Quais são as características das girafas?**
Graças às suas enormes patas e pescoços longos, tão peculiares da espécie, as girafas são consideradas [os mamíferos mais altos do mundo](https://noticiasambientales.com/animales/por-que-cada-vez-son-mas-las-jirafas-sin-manchas/). De fato, **suas patas costumam ser mais altas do que muitos humanos, podendo chegar a quase dois metros de comprimento**. Isso lhes permite correr a mais de 55 quilômetros por hora em distâncias curtas e a mais de 15 quilômetros por hora em distâncias mais longas.
Além disso, esses animais **aproveitam sua altura para procurar folhas e brotos nas copas das árvores**, que geralmente são inacessíveis para muitos animais, como é o caso das acácias. Por outro lado, as girafas possuem línguas incrivelmente longas, que as ajudam a alcançar seus alimentos.
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