Em Corrientes, uma província rica em biodiversidade, a história de Ñato, um capivara criado como mascote, ensina sobre as consequências do mascote em animais silvestres.
Ñato foi encontrado por uma família quando tinha menos de um ano. Ao ser adotado como mascote, foi criado em um ambiente doméstico e alimentado com biscoitos, pão e outros alimentos pouco saudáveis. Essa dieta, diferente da que corresponde à sua espécie – composta principalmente por vegetais – impactou em seu desenvolvimento e comportamento.
Conforme crescia, o animal começou a mostrar as características próprias de um capivara: grande tamanho, força física e hábitos incompatíveis com a vida em uma casa. Os estragos e o risco para a família levaram à difícil decisão de transferi-lo para o Bioparque Temaikén.
Lá, Ñato foi recebido no Centro de Recuperação de Espécies Temaikén (CRET), onde iniciou um processo de adaptação para recuperar seu comportamento natural. Embora a transição tenha sido difícil, já que estava acostumado a uma dieta inadequada e à interação humana, ele conseguiu progredir. Com paciência e esforço, conseguiu aceitar uma alimentação adequada e aprender a se desenvolver em um ambiente mais próximo de seu habitat natural.
![Ñato, o capivara resgatado. Foto: El Litoral.](https://storage.googleapis.com/media-cloud-na/2025/01/nato.webp)
Um Novo Lar com Limites
Atualmente, Ñato vive em um espaço projetado para simular seu ambiente natural, compartilhando seu habitat com peixes e um jacaré. No entanto, o tempo prolongado com humanos afetou sua capacidade de socializar com outros capivaras, impedindo sua reintegração à natureza.
A história de Ñato é um exemplo dos danos que o mascote causa nos animais silvestres. Milhares de espécies são retiradas de seu habitat para se tornarem mascotes, prejudicando sua saúde, alterando os ecossistemas e contribuindo para a perda de biodiversidade.
Consciência e Ação: A Campanha “Não Sou Mascote”
Para combater esse problema, organizações como a Fundação Temaikén, o Instituto Jane Goodall Argentina e WCS Argentina lançaram a campanha “Não Sou Mascote”. Seu objetivo é educar sobre os efeitos do mascote e do comércio ilegal de fauna silvestre.
Como você pode ajudar?
- Evite adquirir animais silvestres como mascotes. Certifique-se de que os mascotes que adota vêm de fontes responsáveis.
- Denuncie o comércio ilegal de fauna. Relate qualquer atividade suspeita às autoridades locais.
- Promova a responsabilidade nas redes sociais. Não compartilhe conteúdo que glorifique o mascote ou incentive a compra de animais silvestres.
A história de Ñato convida a lembrar que cada espécie tem um papel em seu ecossistema e que respeitar seu lugar na natureza é essencial para preservar a biodiversidade.
Qual é o melhor lugar para a vida de um capivara como Ñato?
O melhor lugar para viver, ou melhor dizendo o habitat da capivara, também conhecida como capivara ou chigüiro, está nas regiões da América do Sul, como os pântanos, as florestas, as savanas e as bacias de rios e pântanos. Em geral, as capivaras preferem ambientes que contenham:
- Corpos de água doce: As capivaras usam os corpos de água para se refrescar, se abrigar de predadores e acasalar.
- Zonas altas e secas: As capivaras precisam de áreas altas e secas para se alimentar e descansar.
- Solo firme: As capivaras precisam de um solo firme para dormir, idealmente com uma vegetação espessa que lhes sirva de proteção.
As capivaras são animais anfíbios que se adaptam bem às mudanças de habitat causadas pela atividade humana. Podem ser encontradas em áreas transformadas em plantações ou pastagens. Na Argentina, as capivaras são comuns nos pântanos do centro e norte do país, até o sul da província de Buenos Aires.
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