Preocupante: sete tartarugas mortas apareceram na costa.

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Durante uma semana, soou o alarme devido à aparição de sete tartarugas mortas na costa atlântica argentina. Eram exemplares da espécie Laúd, avistadas entre os dias 9 e 15 de fevereiro.

Os casos ocorreram em diferentes localidades do Partido de la Costa. Em todas as situações, os animais estavam sem vida quando a Fundação Mundo Marino chegou ao local.

A tartaruga Laúd (Dermochelys coriacea) é uma espécie classificada como “vulnerável” em relação ao seu estado de conservação, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

Tartarugas mortas na Costa Atlântica: os casos

As tartarugas foram encontradas em diferentes localidades da costa.

Em todos os casos de alerta, a Fundação Mundo Marino foi acionada por turistas ou salva-vidas que informaram sobre os encalhes.

Somente as tartarugas encontradas em La Lucila del Mar foram levadas para a sede da organização para serem submetidas a uma necropsia que possa determinar as causas de suas mortes.

Nos outros casos, os animais estavam em avançado estado de decomposição, o que impedia a coleta de amostras.

Cronologia das aparições:

  • Os dois primeiros achados ocorreram nos dias 9 e 12 de fevereiro em La Lucila del Mar.
  • O terceiro caso foi registrado em 13 de fevereiro em Costa Azul.
  • Depois, outros dois casos foram registrados em 14 de fevereiro: um em San Clemente e outro em Las Toninas.
  • Por fim, no sábado, 15 de fevereiro, outras duas tartarugas Laúd foram encontradas em Costa del Este e Nueva Atlantis.
  • Anteriormente, houve um registro de uma tartaruga dessa espécie em 28 de janeiro na localidade de Costa Chica.

O que dizem os especialistas

Tartarugas Laúd mortas. (Foto: Fundação Mundo Marino).

“Foram um macho e uma fêmea de aproximadamente 200 quilos cada, nas quais pudemos realizar a necropsia. Tinham boa condição corporal e um estado inicial de decomposição, que nos permitiu coletar amostras e analisar seus órgãos internos”, explicou Juan Pablo Loureiro, médico veterinário e diretor técnico da Fundação Mundo Marino.

“Presumimos, como primeira hipótese, que foi uma morte por afogamento em redes de pesca. Inclusive, ambas as tartarugas tinham restos de alimento em seus estômagos, o que evidencia que se alimentaram antes de falecer”, acrescentou.

“As amostras serão enviadas ao laboratório da Faculdade de Ciências Veterinárias da Universidade Nacional de La Plata para análise”, destacou Loureiro.

Por outro lado, Karina Álvarez, bióloga e responsável pela conservação da fundação, afirmou: “O avistamento de animais vivos dessa espécie costuma ocorrer nos meses de novembro e março, e está relacionado também com a quantidade de águas-vivas que encontram, já que constituem sua principal fonte de alimento, entre outros tipos de fauna gelatinosa“.

Em seguida, entre março e maio, segundo ela, aparecem tartarugas Laúd mortas na praia. “Esses animais, geralmente, aparecem em boa condição corporal e presumimos que a causa de morte seja o afogamento por redes de pesca de navios que estão mar adentro. Mas, devido ao avançado estado de decomposição, é muito difícil confirmar”, afirmou.

Como são as tartarugas Laúd

Hipóteses sobre a morte dos animais.

Únicas representantes da família Dermochelyidae, as tartarugas Laúd se distinguem das outras mais conhecidas por não ter casco. Em seu lugar, possuem uma espessa camada de pele semelhante a couro sobre a qual se estendem sete cristas longitudinais.

Por isso, também são chamadas de “tartaruga de sete quilhas“. Podem medir até dois metros e pesar 500 quilos. Têm uma distribuição ampla nos oceanos de todo o mundo, chegando até a suportar águas de temperaturas baixas.

É uma espécie considerada vulnerável em relação ao seu estado de conservação, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

Conforme informado na fundação, assim como acontece com outras espécies de tartarugas marinhas que exploram o Estuário do Rio da Prata e as águas da costa de Buenos Aires, estão ameaçadas pela interação com redes de pesca.

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