Apesar das decisões judiciais que declararam inconstitucional a caça de aves autóctones em 2022 e 2023, o governo de Rogelio Frigerio em Entre Ríos continua com a intenção de autorizar esta prática.
A Direção de Recursos Naturais e Fiscalização, liderada por Marcelo Sapetti, convocou uma audiência pública no Clube de Pesca e Remo de Rosario del Tala, gerando forte rejeição em diversos setores ambientalistas.
O impacto ecológico da caça de aves autóctones
Organizações denunciam que esta prática:
- Destrói a fauna nativa, afetando espécies como Sirirí Pampa, Pato Picazo, Pato Capuchino, Sirirí Colorado e Pato Cutirí.
- Contamina a água com chumbo, devido ao uso de munições tóxicas.
- Estimula um turismo insustentável, baseado na caça esportiva e não na conservação.
Ações legais e resistência social
Mais de 60 organizações enviaram uma carta ao Governador Frigerio, exigindo que nenhuma espécie autóctone seja incluída na temporada de caça em Entre Ríos.
A carta destaca que as resoluções anteriores violavam tratados internacionais, como:
- Acordo de Escazú.
- Convenção Ramsar.
- Convenção sobre Diversidade Biológica.
Questionamentos sobre o descumprimento legal
O representante da CEYDAS, Gabriel Bonomi, denunciou que o governo provincial descumpre as normas internacionais ao não garantir a participação cidadã nem responder às solicitações de informação ambiental pública.
Além disso, a carta enviada ao governador questiona a falta de estudos sobre:
- Contaminação por chumbo nas munições.
- Impacto ecotoxicológico na saúde humana e biodiversidade.
Um apelo para deter o ecocídio
As organizações exigem uma ação imediata para evitar que a fauna protegida continue em risco e que as práticas de caça esportiva sejam erradicadas em prol de uma gestão sustentável da biodiversidade.