Cientistas japoneses documentaram pela primeira vez a fusão de duas águas-vivas pente em um único ser vivo em laboratório. Esta descoberta oferece uma nova perspectiva sobre a cooperação biológica e a flexibilidade evolutiva nos animais marinhos.
Fusão entre Animais Marinhos
As águas-vivas pente, conhecidas como ctenóforos, podem se fundir quando sofrem ferimentos, combinando seus sistemas digestivo e nervoso. Esse fenômeno, documentado na revista Current Biology, mostra como esses animais marinhos se sincronizam rapidamente e compartilham funções vitais.
Historicamente, ctenóforos fundidos eram observados desde 1937, mas este estudo é pioneiro ao documentar a fusão de seus sistemas internos.
Experimentos e Resultados
Os pesquisadores realizaram experimentos nos quais, ao ferir e colocar as águas-vivas pente em proximidade, 90% dos pares se fundiram em questão de horas.
Os organismos fundidos demonstraram uma integração funcional de seus sistemas internos, como o trânsito de alimentos através de seus sistemas digestivos combinados.
Implicações Médicas e Evolutivas
A incapacidade dos ctenóforos de distinguir seu próprio tecido de outros pode ser a razão por trás dessa fusão, contrastando com a reação dos humanos aos transplantes de órgãos.
Esse comportamento cooperativo pode inspirar abordagens inovadoras para abordar problemas médicos humanos, especialmente na regeneração e transplante de órgãos.
Investigação Contínua
O estudo destaca a necessidade de mais pesquisas para entender os mecanismos moleculares por trás dessa capacidade extraordinária desses animais marinhos.
Compreender como os ctenóforos podem integrar-se funcionalmente pode abrir novas fronteiras nas terapias de regeneração e transformar nossa compreensão da biologia e da medicina.
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