A **inteligência artificial** (IA) é uma ferramenta que requer muita energia para funcionar. Isso implica também em um enorme impacto ambiental. Por isso, a **Microsoft reflorestará a Amazônia** para “compensar” seu gasto.
O gigante tecnológico destinará **200 milhões de dólares** ao projeto. Quão ampla é a **pegada de carbono** e **quanta energia requer** esse tipo de inovação para funcionar efetivamente.
## Por que a Microsoft reflorestará a Amazônia
![Microsoft reflorestará a Amazonía. (Foto: Wikipedia).](https://storage.googleapis.com/media-cloud-na/2025/02/microsoft-wiki.jpg)
Em 2022, o consumo global dos **centros de dados foi de aproximadamente 460 TWh**, cerca de 2% de toda a eletricidade em uso.
Para 2026, a **Agência Internacional de Energia** estima que o consumo será de **1000 TWh**, o consumo energético equivalente ao de todo o Japão.
Por sua vez, as criptomoedas, que também requerem enormes quantidades de energia, consumirão **aproximadamente 160 TWh em 2026**.
Tal é a situação, que as grandes tecnológicas começaram a investir em **centrais nucleares para alimentar** seus centros de dados.
## A pegada de carbono da Microsoft
Uma das empresas que precisa de energia para alimentar a IA é a **Microsoft**, cuja pegada de carbono em 2023 foi de **17 milhões de toneladas de CO2**.
Isso representa um **aumento de 40% em relação a 2020**. Seu consumo é compensado pelo uso de [energias renováveis](https://noticiasambientales.com/energia/energia-verde-y-energia-limpia-en-que-se-diferencian/) e pela compra de emissões de carbono de outras entidades.
Nesse sentido, comprometeu-se a comprar 3,5 milhões de créditos de carbono da brasileira **re.green** nos próximos 25 anos. Cada crédito equivale a uma tonelada métrica.
Nenhuma das duas empresas revelou o valor, mas o **Financial Times** estima a transação em aproximadamente **200 milhões de dólares**.
Este é o segundo acordo que a empresa de tecnologia firma com a brasileira. O primeiro foi há pouco menos de um ano, em maio, e o objetivo era **reflorestar 15.500 hectares**.
O acordo anunciado agora adiciona **17.500 hectares**, totalizando 33.000 hectares. Para termos uma ideia, é uma área equivalente a três vezes o **tamanho de Paris ou 100 vezes a extensão do Central Park**.
Desde o início do acordo em maio, a re.green plantou **4,4 milhões de sementes de 80 espécies nativas** em 11.000 hectares degradadas ou abandonadas da Amazônia e da Mata Atlântica.
## A Amazônia perdeu 88 milhões de hectares desde 1985
![La pérdida de bosques de la Amazonia.](https://noticiasambientales.com/wp-content/uploads/2021/12/Amazonia-4.jpg)
A **Amazônia** perdeu nos últimos 39 anos (1985-2023) mais de [88 milhões de hectares de bosques](https://noticiasambientales.com/medio-ambiente/88-millones-de-hectareas-de-bosques-perdio-la-amazonia-desde-1985/), uma superfície quase tão grande como a extensão da Venezuela, de acordo com os dados gerados por uma análise do Mapbiomas Amazônia, uma iniciativa da Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (**RAISG**).
Segundo este estudo, realizado por meio da **comparação de imagens de satélite**, em quase quatro décadas a selva amazônica perdeu 12,5% da cobertura que tinha em 1985.
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