Na sua busca por liderar a transição energética global, a China continua surpreendendo com inovações revolucionárias no setor fotovoltaico. Desta vez, a empresa Longi, referência mundial na fabricação de células solares, desenvolveu um painel solar híbrido de perovskita-silício, que atingiu uma eficiência recorde de 34,6%, superando o limite teórico das células convencionais de silício.
O novo design em tandem combina camadas de perovskita e silício, permitindo uma absorção mais eficiente do espectro solar. Embora a célula do recorde seja um protótipo, a Longi também apresentou versões comerciais com eficiências de 30,1% e 25,8% em painéis de tamanho real.
A perovskita despertou grande interesse na indústria por seu baixo custo de produção e flexibilidade, o que abre novas possibilidades para integrar painéis solares em janelas, tecidos e outras superfícies inovadoras. No entanto, seu maior desafio era a estabilidade a longo prazo, pois tende a degradar com o tempo.
O painel solar mais inovador, o equilíbrio perfeito para a energia do futuro
Para solucionar esse problema, a Longi aplicou a tecnologia de heterojunção, combinando as vantagens do silício e da perovskita para melhorar a eficiência sem comprometer a durabilidade. Seu design otimizado inclui uma superfície frontal suavemente texturizada e uma traseira mais espessa, o que melhora a captação de energia no espectro infravermelho.
Esses avanços, certificados por organismos independentes, fortalecem o papel da China como líder na inovação fotovoltaica, desbancando até o Japão, país pioneiro no desenvolvimento de células de perovskita.
O desenvolvimento dessas células solares de alta eficiência e baixo custo poderia acelerar a adoção de energias renováveis em nível global, reduzindo os custos de produção e o impacto ambiental. Com essa nova tecnologia, a China continua abrindo caminho para um futuro mais sustentável e inovador no setor energético.
Em 2024, a China alcançou um recorde histórico na instalação de energias renováveis
China, o maior emissor mundial de gases de efeito estufa, instalou capacidades recorde de energias renováveis no ano passado, de acordo com dados oficiais divulgados nesta terça-feira.
Em 2024, o país adicionou uma capacidade instalada de cerca de 277 gigawatts (GW) de energia solar, superando os 217 GW adicionados em 2023, informou a Administração Nacional de Energia (NEA). Da mesma forma, expandiu sua capacidade eólica em cerca de 80 GW, também mais do que o ano anterior (76 GW).
Com isso, a capacidade total instalada de energia solar e eólica fica respectivamente em 887 GW e 521 GW, 15% acima da meta de 1.200 GW estabelecida para 2030 pelo presidente Xi Jinping.
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