Cientista argentina desenvolve dispositivo para detectar poços de água potável e o leva para a NASA.

Más leídas

Uma estudante da UNSAM se tornou o orgulho de toda a comunidade educativa por ter ganho uma competição internacional para viajar à NASA. Estamos falando de Malena García Vildoza, que desenvolveu uma ferramenta para detectar água potável em poços subterrâneos.

Avançada em sua carreira de antropologia social e cultural, García Vildoza estava atenta a convocatórias e intercâmbios quando, no final de 2023, encontrou uma publicação da Embaixada dos Estados Unidos sobre o Desafio Pale Blue Dot.

Este concurso visava incentivar o desenvolvimento de uma ferramenta baseada em dados de observação da Terra para resolver uma problemática social relacionada aos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU.

“Esta competição enfatizava muito a interdisciplinaridade. As pontuações eram divididas em 50% de impacto social e 50% em ciências exatas. Então, quando vi essa premissa, pensei ‘aqui posso contribuir com algo'”, conta García Vildoza.

Formação da equipe e desenvolvimento do projeto

Sem um grupo prévio, García Vildoza utilizou um fórum comunitário criado pela organização para interagir com outros participantes internacionalmente. Ela entrou em contato com Adam Zheng, um estudante norte-americano de engenharia aeroespacial, e se interessou por sua proposta sobre a falta de acesso à água potável. O time foi complementado por Francisco Furey, um estudante de Córdoba especializado em ciências de dados, e El Hadji Malick Dieye (Jay), geólogo e matemático do Senegal.

O projeto resultante foi uma ferramenta baseada em machine learning chamada AquaViva, projetada para encontrar poços de água potável. Eles selecionaram Gâmbia como o primeiro lugar para aplicar o dispositivo.

Processo de pesquisa e sucesso na competição

García Vildoza conduziu entrevistas com ONGs e ativistas ambientais de Gâmbia para compreender a situação do acesso à água potável e confirmar a necessidade de sua ferramenta. Mais de 1500 pessoas de 100 países participaram, e a equipe foi uma das cinco vencedoras. O prêmio incluía uma viagem aos Estados Unidos, com visitas a instituições reconhecidas e à NASA.

O itinerário incluiu visitas à sede da NASA no Alabama e à University of Huntsville, onde participaram de aulas ministradas por especialistas e participaram do Space Camp. Eles também visitaram a sede central da NASA em Washington D.C., a Agência Nacional Ambiental, a George Washington University e o Conselho Nacional Espacial na Casa Branca.

Vildoza destacou a sólida formação acadêmica recebida na UNSAM, que a permitiu estar à altura dos demais participantes. Atualmente, a equipe continua a desenvolver a ferramenta para melhorar sua precisão e expandir sua aplicação. A ferramenta está disponível no GitHub para que qualquer pessoa possa baixá-la e utilizá-la.

“O acesso à água potável é uma problemática que vai aumentar e é necessário dar atenção e buscar soluções”, conclui García Vildoza.

Já conhece nosso canal no YouTube? Inscreva-se!

Últimas noticias

A surpreendente espécie invasora que se espalha silenciosamente pela Patagônia.

Algo está escondido no fundo marinho da Patagônia. Uma recente expedição nas águas da reserva Melimoyu detectou uma preocupante...

Noticias relacionadas