Annobón, a ilha africana que busca se tornar um estado associado da Argentina: uma reviravolta geopolítica inesperada

Más leídas

A ilha de Annobón, localizada no Golfo da Guiné, formalizou seu pedido para se tornar um estado associado da Argentina, em um movimento sem precedentes que poderia redefinir a política externa do país.

O primeiro-ministro de Annobón, Orlando Cartagena Lagar, apresentou a proposta esta semana em Buenos Aires, destacando uma conexão histórica esquecida com o Vice-Reinado do Rio da Prata.

Em 1778, o Tratado de El Pardo cedeu a ilha para a Espanha, e mais tarde ela se tornou parte da Guiné Equatorial, que conquistou sua independência em 1968.

Em 2022, Annobón declarou sua independência, embora não tenha sido reconhecida internacionalmente.

Desafios sociais e econômicos em Annobón

A ilha, com uma área de 17 km², enfrenta graves dificuldades econômicas, incluindo:

  • Dependência da pesca artesanal como fonte de renda.
  • Alta taxa de desemprego juvenil, o que impulsiona a migração dos jovens.
  • Falta de recursos essenciais, limitando sua autonomia e desenvolvimento.

“Nos salvar da situação atual”, declarou Cartagena Lagar, justificando o pedido de associação com a Argentina.

Um possível estado associado na África

Se a integração se concretizar, a Argentina se transformará em uma nação tricontinental, com presença em:

  • América do Sul.
  • Antártida.
  • África, através de Annobón.

Embora atualmente seja apenas uma solicitação simbólica, o tema tem gerado debate nas redes sociais e na mídia.

População, cultura e idioma

Segundo o censo de 2015, Annobón tem 5.232 habitantes, descendentes de:

  • Africanos trazidos de Angola pelos portugueses no século XV.
  • Influência de colonos europeus, que originou um grupo étnico com identidade cultural própria.

O idioma oficial é o espanhol, embora também se fale o annobonês, um idioma crioulo baseado no português.

Implicações geopolíticas e dúvidas

O pedido de Annobón poderia ter repercussões internacionais, incluindo:

  • Fortalecer a projeção argentina no Atlântico.
  • Gerar tensões diplomáticas com a Guiné Equatorial e outras nações africanas.
  • Impactar o apoio à soberania argentina sobre as Ilhas Malvinas na ONU.

Até o momento, a Argentina não emitiu uma resposta oficial, embora a delegação de Annobón tenha se reunido com legisladores e defensores dos direitos humanos em Buenos Aires, indicando que a proposta está sendo avaliada.

Últimas noticias

A Toyota recicla todo seu vidro para reduzir emissões e ajudar o planeta na luta contra as mudanças climáticas.

A Toyota Argentina tornou-se a primeira montadora de automóveis do país a reciclar 100% do vidro danificado durante seu...

Noticias relacionadas