Capivaras verdes: alerta para a presença de cianobactérias no rio Uruguai.

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A aparição de cianobactérias no rio Uruguai às margens de Entre Rios preocupa as comunidades ribeirinhas e os turistas que visitam a região.

No último domingo, foi observado de maneira preocupante o fenômeno conhecido popularmente como “verdete” nas praias do Lago de Salto Grande.

Impacto na fauna e visitantes pela presença de cianobactérias no rio Uruguai

Fotografias tiradas por pessoas que foram à região mostraram animais como os carpinchos completamente cobertos por algas que contêm as perigosas bactérias.

Além disso, gerou alarme a presença de muitas pessoas, especialmente crianças, dentro da água, apesar da cor notável e do “insuportável cheiro” percebido.

Surpreendeu, portanto, que as autoridades de Codesal mantivessem as praias abertas apesar da forte presença do fenômeno.

Comunicado da CARU

A Comissão Administradora do Rio Uruguai (CARU) informou dias atrás sobre a presença de florescências de cianobactérias nas águas do rio Uruguai e seus afluentes. Este fenômeno conhecido como verdete, “costuma ocorrer durante o verão devido às altas temperaturas e pode se apresentar em diferentes corpos d’água”.

As cianobactérias são microorganismos capazes de realizar fotossíntese porque contêm clorofila. São conhecidas como “algas verde-azuladas” e estão presentes tanto em corpos d’água doce como salgada.

Algumas dessas cianobactérias produzem toxinas, representando um risco para a saúde humana e o ecossistema.

Prevenção, cuidados e recomendações

A proliferação de cianobactérias pode afetar as praias por horas ou dias, com possíveis impactos na saúde. A melhor medida de prevenção é observar atentamente a água e a areia. Se a água apresentar uma coloração esverdeada, aparência turva ou acumulações de material semelhante a espuma, recomenda-se evitar o contato direto.

As principais vias de exposição são a ingestão de água direta (que pode ocorrer involuntariamente ao praticar esportes aquáticos, ou quando crianças e animais de estimação brincam na água) ou o contato direto com a pele. Quanto maior a quantidade de água ingerida, seja de uma só vez ou em pequenas quantidades, maior é o risco de intoxicação.

Os grupos mais vulneráveis às toxinas produzidas pelas cianobactérias são crianças, gestantes, idosos, pessoas imunodeprimidas, assim como pescadores e salva-vidas, que têm maior contato com a água. Além disso, os animais de estimação também são especialmente sensíveis e podem manifestar sintomas em pouco tempo.

Os principais sintomas de exposição podem incluir: dor de cabeça, desconforto digestivo, náuseas e tonturas, diarreia, vômitos, irritação na pele (tipo rash) e nos olhos (conjuntivite), inflamação nos ouvidos (otite), nariz e garganta, tosse seca, pneumonia e danos hepáticos graves.

É fundamental destacar que os efeitos de uma intoxicação por cianotoxinas podem ser de efeitos agudos (intensos em um curto período de tempo) ou crônicos (leves durante longos períodos de tempo).

Foto da capa: Diario Río Uruguay.

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