Córdoba é a província mais desmatada e as entidades rurais do Arco Noroeste insistem em seu pedido de um debate sobre o ordenamento territorial da floresta nativa para modificar as áreas protegidas e ampliar a fronteira pecuária.
Esse pedido foi rejeitado por pesquisadores do Conicet e da Universidad Nacional de Córdoba.
Críticas ao Ministério do Meio Ambiente Provincial
As entidades rurais criticam o Ministério do Meio Ambiente provincial por “exclusão, silêncio e covardia” em sua atuação. Afirmam que não lhes foi dado um espaço permanente e válido nas discussões sobre o tema, e que a falta de resposta e presença nas reuniões demonstra um desconhecimento e insegurança por parte dos funcionários.
Estudo de Áreas Queimadas do Arco Noroeste
A Mesa de Enlace cordobesa financiou o “Estudo de Áreas Queimadas do Arco Noroeste”, apresentado em agosto, que abrange 7 milhões de hectares no noroeste cordobês.
Em 12 anos, 1,1 milhão de hectares foram queimados, com 75% dos incêndios ocorrendo em áreas categorizadas como florestas de alto ou médio valor de conservação, tornando a província a mais desmatada. As entidades rurais afirmam que o Mapa de Ordenamento Territorial atual não reflete a realidade e gera graves consequências.
Apoio aos Produtores Rurais
As entidades rurais destacam que a maioria dos afetados pelos incêndios são pequenos produtores rurais e de subsistência, que não podem fazer nada devido à regulamentação.
Gustavo Laudin, presidente da Sociedade Rural de Cruz del Eje, afirma que os produtores vivem com incerteza e são perseguidos por um órgão de controle que se agarra a um instrumento legal desconhecido pelos donos das terras.
Reivindicações e Propostas
As entidades exigem um relatório imediato do Ministério do Meio Ambiente provincial e a criação de um mapa de ordenamento territorial real que esteja em consonância com a vida dos habitantes e da comunidade.
Consideram que uma gestão sustentável do território é a solução para reduzir a carga de combustível que alimenta os incêndios.
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