Uma organização de Tandil denunciou que está sendo buscada a expansão de um enorme projeto imobiliário em zona natural protegida.
Trata-se da Assembleia pela Preservação das Serras, que assegura que um projeto privado promete a construção de um bairro em uma zona protegida. Eles apontam para o Plano de Desenvolvimento Territorial.
O terreno em questão é a Chacra 274, localizada entre o Paseo Centinela e La Porteña. A partir da organização, foi solicitada uma reação das autoridades diante do avanço imobiliário.
Grave denúncia: projeto imobiliário em zona natural protegida
A organização, que trabalha pela preservação das serras, manifestou sua insatisfação com a promoção de um empreendimento imobiliário que promete construir um bairro com serviços ecológicos, mas em uma zona natural protegida.
A zona do projeto imobiliário, conforme denunciado pela organização.Isto no contexto do Plano de Desenvolvimento Territorial (PDT) vigente. Conforme informado, trata-se da chacra 274, localizada em uma zona rural entre o Paseo Centinela e La Porteña.
Nessa zona, a altitude em relação ao nível do mar varia entre 260 e 280 metros, com muitos pontos ultrapassando essa altura. É importante lembrar que no PDT, uma das questões proibidas é a construção acima dos 220 metros acima do nível do mar.
O projeto imobiliário
Neste plano vigente, o terreno em questão é Zona Natural Protegida. O loteamento em questão é um projeto chamado “Miradores de Montecristo“. Através de seu site, eles informam um masterplan que garante a preservação das características sustentáveis da urbanização do terreno.
Também propõem a ideia de que os usuários reutilizem água da chuva. Além disso, para o tratamento de efluentes, cada proprietário deverá construir sua própria planta, sendo obrigatório um biodigestor.
“O masterplan indica que os serviços mencionados devem ser gerados pelos compradores, organizados como cooperativa de trabalho, e as condições estabelecidas implicam em uma transferência da competência de Ordenamento Territorial municipal e provincial para uma comissão de proprietários”, explicaram da Associação.
“Eles não têm direitos adquiridos porque jamais tiveram plantas aprovadas, ou seja, não utilizaram a opção de construir quando a tiveram, antes de 1977″, destacaram.
“É simples, era legal construir esses lotes quando não existia a Lei provincial 8912, nem o PDT. Hoje, este projeto é contrário à normativa que respeitamos a grande maioria”, enfatizaram.
O pedido às autoridades
A denúncia em Tandil. (Foto: Instagram- Assembleia pela Preservação das Serras).Em sua publicação, a Assembleia pela Preservação das Serras dedicou um parágrafo às autoridades da cidade. Eles solicitaram diretamente uma “reação diante de uma publicidade desmedida” de algo que não está enquadrado na regulamentação vigente.
“O problema não é quem está fazendo o negócio da venda de lotes, mas o que estamos fazendo com a cidade e como os cidadãos que cumprem o Plano de Ordenamento se sentem diante das manobras com bom marketing que destroem a cidade”, reclamaram.
Conforme apontaram, nesse terreno, que está sob disputa judicial, apenas poderia ser construída uma residência.
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