Direitos dos povos indígenas: Argentina foi o único país da ONU a votar contra uma resolução.

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A postura da Argentina em relação a uma resolução da Assembleia Geral da ONU sobre os [direitos dos povos indígenas](https://noticiasambientales.com/medio-ambiente/los-pueblos-indigenas-son-fundamentales-para-cuidar-la-biodiversidad-del-planeta/) surpreendeu esta semana. O país foi o único a [votar contra](https://noticiasambientales.com/medio-ambiente/los-pueblos-indigenas-son-fundamentales-para-cuidar-la-biodiversidad-del-planeta/).

Foi durante uma sessão realizada na segunda-feira em Nova York, [Estados Unidos](https://es.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos), e gerou duras críticas internas. Esta foi a primeira votação do país na [Assembleia Geral da ONU](https://es.wikipedia.org/wiki/Asamblea_General_de_las_Naciones_Unidas) com [Gerardo Werthein](https://es.wikipedia.org/wiki/Gerardo_Werthein) à frente da Chancelaria.

## Direitos dos povos indígenas: como foi a votação

Foram 168 países que se pronunciaram a favor, e houve ainda sete abstenções: [França, Laos, Lituânia, Mali, Romênia, Bulgária e Eslováquia](https://es.wikipedia.org/wiki/Francia).

A primeira versão do documento da resolução foi apresentada em outubro. Na segunda-feira, foi entregue ao organismo um novo rascunho, assinado por 22 países membros.

Incluem-se Armênia, Bolívia, Brasil, Canadá, Colômbia, Dinamarca, Dominica, Equador, El Salvador, Estônia, Finlândia, Guatemala, Honduras, México, Islândia, Libéria, Noruega, Nicarágua, Peru, Paraguai, Suécia e Venezuela.

![Resolución ONU](https://storage.googleapis.com/media-cloud-na/2024/11/resolucion.jpg) Así fue la votación para la resolución ONU.

O documento busca aderir, em linhas gerais, à proteção dos [direitos das comunidades originárias](https://noticiasambientales.com/compromiso-ambiental/los-pueblos-indigenas-son-la-clave-para-proteger-el-medio-ambiente/) em várias questões. Isso se refere à justiça, ao meio ambiente e à preservação de crenças espirituais, conhecimentos ancestrais e línguas.

Ao usar a palavra, a ministra plenipotenciária da terceira comissão da missão permanente da Argentina nas Nações Unidas, [Andrea Repetti](https://es.wikipedia.org/wiki/Andrea_Repetti), explicou a posição do país.

## Argentina votou contra a resolução: a explicação

“A Argentina favorece a proteção dos direitos das populações indígenas em suas diversas tradições culturais na medida em que a riqueza e a diversidade cultural [contribuem para a vida social](https://es.wikipedia.org/wiki/Vida_social)”, disse.

“No entanto, considera que no documento sujeito a votação não está [suficientemente garantido](https://es.wikipedia.org/wiki/Derechos_humanos) o acesso aos direitos humanos das populações indígenas sem discriminação”, acrescentou.

Além disso, detalhou a posição em relação ao conteúdo e à falta de precisão da resolução.

“A afirmação da [promoção de práticas ancestrais](https://es.wikipedia.org/wiki/Prácticas_ancestrales) pode dar lugar à validação de tradições que podem entrar em conflito com os direitos fundamentais das mulheres e meninas, ou o direito à saúde e ao acesso ao progresso científico”, indicou Repetti.

“O uso de [terminologias ambíguas e amplas](https://es.wikipedia.org/wiki/Derechos_humanos) dificulta e entra em conflito com os direitos humanos de garantia universal”, explicou.

“A Argentina celebra o respeito à liberdade religiosa e cultural de todas as pessoas, sempre dentro do marco da universalidade dos direitos humanos para todos, e deseja continuar contribuindo e trabalhando para que essa [garantia seja uma realidade](https://es.wikipedia.org/wiki/Derechos_humanos) sem discriminação alguma”, concluiu a funcionária.

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