Uma grave acusação envolve Entre Ríos nestes dias. Um grupo denunciou o desmatamento da floresta em galeria, alegando que foi para a construção de um camping.
A organização ambiental CEYDAS (Centro para o Estudo e Defesa de Aves Silvestres) indicou, em um comunicado, que árvores foram derrubadas perto de “La Tortuga”, em uma área administrada pela CODESAL (Corporação para o Desenvolvimento de Salto Grande).
Presunto desmatamento da floresta em galeria: o que diz a denúncia
Desmatamento ilegal na Argentina.[/caption>
“Foram cortadas várias árvores nativas da floresta, algumas com mais de 80 anos. O camping pertence ao Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Alimentar (STIA) e está localizado em uma área administrada pela CODESAL próxima à Tortuga Alegre”, detalharam no documento enviado ao El Entre Ríos.
“Centenas de árvores nativas e arbustos recentemente cortados com motosserra ou arrancados pela raiz deram origem a amplas clareiras abertas na floresta em galeria do rio Uruguai“, descreveram a situação.
“Este é o triste espetáculo que o denominado camping Pesca oferece hoje”, acrescentaram.
Entre as espécies derrubadas, mencionaram: “Guayabos Colorados, Coronillos, Ubajay, Canelones, Palos Cruz, Guayabos Blancos, Palos Amarillos, Yerbas de Bugre, Sarandíes Negros, Chalchales e Espinillos”, como apenas “alguns” exemplos.
Além disso, afirmaram que há exemplares com “mais de 80 anos com troncos de mais de 50 centímetros de diâmetro”. Segundo descreveram na denúncia, muitos dos troncos foram empilhados para serem usados como lenha.
“O mais indignante deste polêmico desmatamento é que na sinalização de entrada do camping consta o logotipo da CODESAL, entidade que administra o polo turístico de Salto Grande”, concluíram.
Desmatamento: alerta na Argentina
O caso de Entre Ríos não é isolado nem o único recente no país em relação ao desmatamento ilegal. Poucos dias atrás, circulou uma denúncia que a própria Justiça provincial de Chaco fez contra um importante empresário.
Foi solicitada a detenção do empresário florestal Alessio Roberto Nardelli. Isso ocorreu por violar uma medida cautelar que o proibia de avançar com a atividade. Segundo o promotor, isso ocorreu em cinco casos de “desobediência judicial”, nos quais ele realizou atividades de desmatamento sem a devida autorização.
A solicitação se baseia em cinco casos de desobediência judicial nos quais o empresário realizou atividades de desmatamento sem a devida autorização, apesar da proibição vigente desde agosto de 2024.
Novos desmatamentos ilegais detectados em Chaco.[/caption>
Segundo o relatório da Promotoria, o primeiro caso ocorreu em 21 de fevereiro passado, quando a Gendarmeria Nacional constatou que Nardelli estava realizando atividades de desmatamento em uma propriedade próxima a Tres Isletas.
Naquela ocasião, uma pá carregadeira foi apreendida e a ilegalidade do desmatamento foi verificada, pois não possuía as autorizações necessárias.
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