Êxodo de Cientistas: 10% já deixaram o CONICET e há 30% menos estudantes

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A chamada “fuga de cérebros” tanto de espaços de pesquisa pública ou acadêmica quanto do país, aumentou alarmantemente.

10% dos cientistas já deixaram o Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Técnica (CONICET). Além disso, há 30% menos estudantes na organização.

Fuga de cérebros de cientistas e demandas do setor

Pesquisadores se mobilizaram em rejeição ao decreto emitido pelo governo de Javier Milei, que planeja fundir ou eliminar cerca de 50 organizações, incluindo o CONICET.

CONICET Números do CONICET.

Os cientistas forneceram esses números, conforme relatado pelo site puntal.com.ar. “Nos mobilizamos para protestar contra o fechamento do CONICET porque acreditamos que o país deve ter ciência e tecnologia,” afirmaram.

“Cada vez mais cientistas estão migrando para o setor privado ou exterior devido aos baixos salários. Além disso, os jovens não estão mais interessados em estudar para se tornarem pesquisadores do CONICET,” acrescentaram.

“Nas universidades, há perdas de pesquisadores, bolsistas e professores, com quase 10% e 30% menos novos estudantes,” observaram. “Há bolsistas abandonando suas carreiras, pesquisadores tirando licença e estudantes não seguindo uma carreira científica,” acrescentaram.

Segundo relatos, 68 cientistas ganhadores do Prêmio Nobel expressaram preocupações sobre a fuga de cérebros: “Observamos como o sistema argentino de ciência e tecnologia está se aproximando de um precipício perigoso, e estamos desanimados pelas consequências que essa situação poderia ter tanto para o povo argentino quanto para o mundo.”

Enquanto isso, os reitores do Conselho Nacional de Interuniversidades (CIN) já haviam se manifestado sobre o assunto devido à crescente tendência de buscar opções no exterior.

A proposta mencionada foi submetida ao Governo Nacional para consideração, como indicaram, mas até agora não houve respostas claras.

Ciência em crise e confrontos com o Governo sobre a Agenda 2030

Desenvolvimento de genética animal. Há cada vez menos cientistas no sistema nacional.

Desde o início da administração do presidente Milei, houve vários pontos de desacordo com o setor de ciência e pesquisa. Um exemplo foi visto no final do ano passado.

Foi quando o Governo mais uma vez expressou sua forte rejeição da Agenda 2030 promovida pela ONU. Cientistas do CONICET na época publicaram um artigo na Biological Conservation alertando sobre essa postura.

“Essa nova posição da Argentina deixa o meio ambiente e o bem-estar do país em uma situação cada vez mais precarizada,” enfatizaram no artigo.

Especialistas afirmaram que se afastar da Agenda 2030 representa um “grande retrocesso” nos esforços globais para combater a crise climática e a perda de biodiversidade.

No documento, assinado por renomados pesquisadores como Javier Nori e Micaela Camino, é estabelecido que os objetivos da Agenda “são fundamentais” para enfrentar desafios urgentes. “Especialmente em regiões como a América Latina, onde a erradicação da fome e a luta contra a pobreza são de extrema relevância,” argumentaram.

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