Na Faixa de Gaza, as condições humanitárias são devastadoras. A mais de um ano do início do conflito armado, os habitantes se veem obrigados a recorrer à carne de tartaruga para se alimentar.
É que, segundo relatam, as proteínas escasseiam, os preços dos alimentos disponíveis são praticamente inacessíveis e não têm muitas opções.
Em Gaza comem carne de tartaruga para poder se alimentar
Depois de 18 meses de guerra entre Israel e o movimento islamita palestino Hamas, o território e seus 2,4 milhões de habitantes se encontram em uma situação humanitária crítica.
Segundo relata o meio Swissinfo, já não se preocupam se são espécies protegidas a nível internacional. As tartarugas marinhas que ficam presas nas redes dos pescadores servem para sair do aperto.
“Nunca pensaríamos que comeríamos tartaruga”, expressou Abdul Halilm Qanan, pescador.
A guerra em Gaza (Foto: EFE).
“Quando começou a guerra, não tínhamos comida e isso era tudo o que tínhamos como proteínas. Não havia carne, os preços das verduras eram astronômicos. Ninguém podia pagar”, acrescentou.
“A pior” situação humanitária
Segundo o Escritório de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA), atualmente a Faixa de Gaza atravessa provavelmente “a pior” situação humanitária desde o início do conflito, desencadeado pelo ataque do movimento islamita palestino Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023.
Embora em 19 de janeiro tenha entrado em vigor um cessar-fogo que facilitou a entrada de ajuda humanitária na Faixa, essa paz foi interrompida novamente em 18 de março.
O impacto devastador da guerra na Faixa de Gaza
As consequências são trágicas em todos os sentidos e as organizações humanitárias internacionais não param de advertir. Meses atrás também foi comprovado o impacto devastador ao meio ambiente trazido pelo conflito armado.
Nesse sentido, e no âmbito do Dia da Prevenção da Exploração do Meio Ambiente em Guerra e Conflitos Armados, o Programa ONU Meio Ambiente enviou uma mensagem contundente.
“Esses impactos ambientais diretos e indiretos degradam os ecossistemas, agravam a perda de biodiversidade, ameaçam a saúde pública e minam os meios de subsistência”, destacaram desde o Programa.
Por isso, a gestão das sequelas requer um planejamento cuidadoso e esforços coordenados que garantam uma recuperação sustentável. Que proteja tanto as pessoas quanto o planeta.
A contaminação, entre os efeitos.
Nesse sentido, para alcançar os objetivos, “os líderes mundiais e todos devem fazer o que estiver ao seu alcance para proteger o planeta dos efeitos nocivos da guerra sobre a humanidade”.
“O PNUMA apoia os países a se prepararem e se recuperarem das consequências ambientais dos conflitos e crises”, expressaram.