O governo de Neuquén fez uma grave denúncia no cerro Chapelco. É contra um importante empresário local, que será investigado por desmatamento, possível contaminação e dano ao meio ambiente e à fauna.
O denunciado é o presidente da Nieves del Chapelco SA, Juan Cruz Adrogué. Ele está sendo acusado de realizar um “desmantelamento” do centro de esqui de San Martín de los Andes, com o objetivo de “deixar a terra arrasada diante da iminente finalização da concessão”.
O contrato vence na segunda-feira, 7 de abril e o governo liderado por Rolando Figueroa já abriu um processo de licitação para buscar uma nova empresa.
A denúncia no cerro Chapelco: do que acusam o empresário

A denúncia apresentada nos últimos dias de março pelo procurador do Estado, Raúl Gaitán, é por “dano com o objetivo de impedir o livre exercício da autoridade ou por vingança de suas determinações”.
No documento, ele detalha uma série de irregularidades e supostos atos intencionais por parte do empresário para remover ou destruir bens do complexo de esqui cerro Chapelco.
O caso está sob responsabilidade da promotoria de San Martín de los Andes, liderada por Hernán Scordo.
A denúncia afirma que o empresário está “diminuindo, através do desmantelamento e destruição, o patrimônio provincial confiado”.
Além disso, ele listou os bens que foram removidos:
- Tendas
- Esteiras mágicas
- Equipamentos de esqui
- Placa de funcionamento das cadeiras aéreas
- Cadeiras aéreas
- Equipamentos de informática
- Máquinas e bens de uso (pisa-pistas, canhões de neve, caminhão, caminhonete, motos de neve, 350 uniformes de pessoal, motor de teleférico)
Por outro lado, foi apontada a destruição e inutilização do “meio de arrasto ‘lift del puente'”, de conexão com a pradera del puma.
Isso “prejudica o sistema de comunicação interna entre os diferentes pontos da montanha – incluindo a fiação – afetando o serviço de comunicação de emergência, dano ao sistema elétrico devido ao desmantelamento do mesmo, deixando pontes de cabos visíveis com possíveis riscos de incêndio”, acusa o texto.
O “dano ambiental”
Paralelamente, há outro processo aberto na promotoria de Crimes Ambientais liderada por Maximiliano Breide Obeid por dano ambiental contra Nieves del Chapelco S.A. Isso é devido ao desmatamento de árvores lenga em uma área identificada como amarela na lei de Florestas.
[caption id="attachment_96868" align="alignnone" width="1080"] A denúncia por danos ao ambiente. (Foto: Instagram- cerro_chapelco).
Neste caso, atinge a empresa como um todo, enquanto o caso por danos aponta diretamente para Adrogué.
Por enquanto, está em vigor uma medida cautelar para que Nieves del Chapelco S.A. cesse toda atividade de desmatamento, desmantelamento e remoção de bens do cerro.
Quanto à possível contaminação do local, é acusado o desmantelamento dos módulos sanitários localizados na base e nas cotas 1600 e 1700, “deixando expostos na superfície os canos de esgoto, sem faixas de segurança ou medidas que evitem um possível risco ao ambiente e à fauna”.
Já conhece nosso canal no YouTube? Inscreva-se!