Líderes indígenas na COP30: pedem ter voz como chefes de Estado

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A presença de **líderes indígenas** na COP30 será fortemente sentida no **Brasil**. Com trajes tradicionais e pinturas corporais, cerca de **200 povos se apresentaram** perto das sedes dos poderes estaduais brasileiros.

Eles participaram do encontro anual dos povos originários brasileiros, **Acampamento Terra Livre**. No ano em que o país sediará a cúpula climática, isso ganha especial relevância. Eles pedem para ter voz como chefes de Estado.

Líderes indígenas na COP30: o pedido contundente

Delegações de **Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Panamá, Suriname e Venezuela. Também chegaram** representantes de **Austrália, Fiji** e outras nações oceânicas.

A reunião ganha uma importância especial rumo à **conferência da ONU contra a mudança climática, a COP30**, que será realizada entre 10 e 21 de novembro na cidade amazônica de Belém.

Os povos indígenas da Amazônia. (Foto: Pablo PORCIUNCULA- AFP).

“Exigimos que os líderes das comunidades indígenas e locais tenham a mesma voz e **poder que os chefes de Estado** na COP30, com a mesma legitimidade, poder de decisão e respeito que as representações dos países”, afirmou a chefe indígena brasileira **Alana Manchineri**.

Foi em uma declaração conjunta dos povos presentes. Também pediram **”financiamento direto”** para preservar a natureza e **”compensação pelos danos”** sofridos.

Como será o acampamento que planejam

O Acampamento incluirá várias **marchas e eventos culturais**. Na terça-feira, os líderes indígenas esperam ser ouvidos na câmara baixa do congresso brasileiro.

Os demais, conforme indicado pela agência AFP, marcharão pela emblemática **Esplanada dos Ministérios** até o legislativo, que lida com várias disputas sobre os reivindicações territoriais dos povos.

O Congresso, majoritariamente conservador, **aprovou em 2023 uma regra que limita os direitos** dos povos originários em reivindicar seus territórios. O assunto está sendo analisado pelo Supremo Tribunal Federal.

“Mais da metade do parlamento brasileiro é anti-indígena (…) é importante enviar uma mensagem: nossos direitos estão ameaçados”, disse à mesma agência **Kleber Karipuna**, coordenador da **APIB**, a maior organização indígena do Brasil.

“É uma marcha poderosa para começar o acampamento”, antecipou. Os originários também compartilham sua oposição à **exploração de combustíveis fósseis**, a principal causa do aquecimento global e cujo princípio de um abandono progressivo foi adotado na COP28.

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