Mineração ilegal: as imagens devastadoras dos efeitos na Colômbia

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Nas últimas semanas, foram divulgadas imagens devastadoras que mostram as consequências da mineração ilegal na Colômbia. Centenas de quilômetros quadrados de florestas e corpos d’água totalmente depredados pela maquinaria.

Segundo autoridades locais, a prática é realizada em quase todo o território. E, como foi alertado na apresentação de um relatório da Procuradoria, o Estado ainda apresenta “deficiências” para combatê-la.

Mineração ilegal na Colômbia: as consequências devastadoras

Mineração ilegal na Colômbia.

“Em cerca de 29 dos 32 departamentos do país temos atividades de mineração ilegal identificadas e detectadas”, afirmou o procurador delegado para assuntos ambientais, Gustavo Guerrero.

Foi depois da apresentação em Bogotá do primeiro relatório sobre mineração ilegal pela entidade responsável por garantir os direitos coletivos.

Trata-se do chamado Informe Nacional de Mineração Ilegal e Contaminação por Mercúrio na Colômbia.

Em 26 departamentos, foi detectada a presença de mercúrio em ambientes naturais, comumente utilizado para separar os metais preciosos de sedimentos sem valor.

Aproximadamente 70.000 hectares em todo o país estão contaminadas por mercúrio. O elemento é altamente tóxico e coloca em risco as fontes de água e a saúde das populações próximas às áreas de exploração ilegal.

Os departamentos mais afetados

Os territórios afetados abrangem pelo menos 50% dos municípios do país. As principais afetações são registradas nos departamentos de Antioquia (noroeste), Chocó (oeste), Boyacá (centro), Santander (nordeste) e Bolívar (norte), aponta o relatório.

A extração ilegal de minerais, controlada por grupos criminosos, ocorre em meio a “graves deficiências na resposta estatal”, que impediram o controle do fenômeno, acrescentou Silvia Méndez, consultora externa e coautora do relatório.

Colômbia Colômbia e a mineração ilegal.

Os recursos procurados

O ouro representa cerca de 62% das atividades mineradoras do país e, desde meados do ano, alcança preços recordes no mercado internacional. Atualmente, nos Estados Unidos “o quilo de ouro custa quatro vezes mais que o quilo de cocaína”, afirmou Hakim Hasan, chefe do Programa de Proteção Ambiental do Escritório de Assuntos Antinarcóticos desse país.

Hasan participou da criação do relatório. Cerca de 85% das exportações de ouro na Colômbia têm origem ilegal e pelo menos 70% da extração irregular é proveniente de “atividades desenvolvidas por grupos organizados à margem da lei”.

Em suas conclusões, a entidade emitiu uma série de recomendações direcionadas ao Estado. Entre elas, o fortalecimento do monitoramento, a concessão de “licenças ambientais temporárias” para que os mineiros artesanais evitem operar na ilegalidade e a criação de uma entidade estatal.

Esta última, com o objetivo de “centralizar a compra e comercialização do ouro”, para melhorar a rastreabilidade do material destinado à exportação, assegurou Guerrero.

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