Em 2024, foi o ano mais quente já registrado, o que agravou os desastres naturais. Esse calor extremo intensificou os ciclones, ondas de calor e outros fenômenos meteorológicos em todo o mundo.
De acordo com a rede de cientistas World Weather Attribution (WWA), quase todas as grandes catástrofes naturais de 2024 foram exacerbadas pelas emissões de gases de efeito estufa da atividade humana.
Desastres naturais durante 2024
Impacto das ondas de calor
Em junho, mais de 1.300 peregrinos muçulmanos morreram no hajj na Arábia Saudita devido a temperaturas que atingiram 51,8 °C. Nenhum continente escapou do calor extremo, com mortes registradas na Tailândia, Índia e Estados Unidos.
Na Grécia, uma onda de calor com mais de 40 °C em junho provocou o fechamento da Acrópole e alimentou inúmeros incêndios, marcando o início do verão mais quente já registrado na Europa.
Inundações devastadoras
A mudança climática também causou chuvas torrenciais devido à maior evaporação da água dos oceanos mais quentes e a uma atmosfera mais quente que retém mais umidade.
Em abril, os Emirados Árabes Unidos receberam o equivalente a dois anos de chuva em um único dia, causando inundações em vastas áreas e paralisando o aeroporto de Dubai.
Na África Ocidental e Central, quatro milhões de pessoas precisaram de ajuda humanitária após inundações históricas que causaram mais de 1.500 mortes.
Ciclones e furacões intensos
O aquecimento da superfície dos oceanos aumentou a intensidade dos ciclones tropicais. Em 2024, a atividade ciclônica foi acima da média, com furacões como Milton, Beryl e Helene que devastaram o sul dos Estados Unidos e os países do Caribe.
No Pacífico, as Filipinas foram atingidas por seis grandes tempestades e o sudeste asiático sofreu o supertufão Yagi em setembro. O ciclone Chido, que atingiu Mayotte e Moçambique em dezembro, foi potencializado pelas mudanças climáticas.
Secas e incêndios florestais
A mudança climática fez com que algumas regiões ficassem mais úmidas e outras mais secas. A seca atingiu várias regiões da América, provocando enormes incêndios florestais no oeste dos Estados Unidos, Canadá e em áreas da Amazônia. No sul da África, cerca de 26 milhões de pessoas estão ameaçadas pela insegurança alimentar devido à seca.
Impacto econômico
Os fenômenos meteorológicos extremos causaram milhares de mortes em 2024 e empobreceram muitas populações. Essas catástrofes naturais geraram perdas de 310 bilhões de dólares em todo o mundo, segundo a seguradora Swiss Re.
Os Estados Unidos registraram danos de mais de 1 bilhão de dólares até 1º de novembro. No Brasil, a seca causou perdas no setor agrícola de 2,7 bilhões de dólares, e a produção mundial de vinho atingiu o mínimo desde 1961.
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