Os incêndios na Patagônia já afetam mais de 25.000 hectares.

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Os incêndios na Patagônia, que ardiam em múltiplos focos desde dezembro e mobilizam centenas de bombeiros, já atingiram uma superfície de mais de 25.000 hectares.

Até o momento, deixaram uma vítima fatal e uma centena de casas queimadas na semana passada. Somados todos os focos nas províncias de Neuquén, Río Negro e Chubut, a superfície equivale à da Cidade de Buenos Aires.

Incêndios na Patagônia: as hectares arrasadas

“É certo” que esta é uma das temporadas de maior perda de floresta em muito tempo, disse à AFP Hernán Giardini, coordenador da campanha Bosques da Greenpeace Argentina, que alertou: “Além disso, ainda falta fevereiro”.

Três pessoas foram detidas pelos incêndios em El Bolsón. (Foto: X). Três pessoas foram detidas pelos incêndios em El Bolsón. (Foto: X).

A área comprometida já é mais de três vezes a superfície de florestas andino-patagônicas afetadas no verão 2023/2024. Naquela época, foram perdidas 7747 hectares, segundo um relatório da ONG.

“Tudo indicava um verão complicado”, disse Giardini. Ele apontou que há meses se perfilava uma temporada com “muitos dias de altas temperaturas e muito vento”. Isso se soma a um “período de seca na região” devido ao fenômeno climático La Niña.

Uma das áreas mais prejudicadas pelas “condições meteorológicas adversas” é o Vale Magdalena do Parque Nacional Lanín, em Neuquén. Lá, mais de 5000 hectares de floresta foram afetadas, num parque de 216.000 hectares.

“Ontem o vento avivou vários pontos”, disse na quinta-feira à imprensa local a secretária de Emergências e Gestão de Riscos da província, Luciana Ortiz Luna.

Reforços

A Coordenação Única de Operações (CUO) ativou na quarta-feira à tarde um alerta vermelho para convocar bombeiros do centro do país em auxílio às brigadas já mobilizadas nos focos em Neuquén, que não exigiram evacuações, segundo um comunicado.

O chefe dos bombeiros viajou para a região com 46 brigadistas para “levar alívio e pessoal mais fresco”, pois “as pessoas que estão no local estão no limite de sua capacidade operacional e física”, disse Gustavo Nicola, diretor nacional da CUO.

Enquanto isso, no Parque Nacional Nahuel Huapi, localizado entre as províncias de Neuquén e Río Negro, os incêndios começaram no final de dezembro passado, com mais de 10.700 hectares comprometidas.

“Essas florestas terão uma recuperação difícil. Pode levar 200 anos em Nahuel Huapi ou em Lanín”, afirmou Giardini.

Enquanto isso, em Chubut permanecem ativos dois focos iniciados em meados de janeiro: perto da comuna de Atilio Viglione afetam 3200 hectares, enquanto em Epuyén já abrangeram 3500.

Incêndios na Patagônia: as estatísticas desoladoras. (Foto: NA). Incêndios na Patagônia: as estatísticas desoladoras. (Foto: NA).

Incêndios intencionais: as acusações e os detidos

Os governadores das províncias de Chubut, Ignacio Torres, e de Río Negro, Alberto Weretilneck, asseguraram que a origem da maioria dos incêndios “foi intencional”.

A polícia deteve três pessoas na quarta-feira em El Bolsón. Já havia sido confirmada a intencionalidade dos focos e as autoridades avançaram com a investigação.

Após identificá-los e capturá-los em Río Negro, ocorreram distúrbios em frente à delegacia. Um grupo de pessoas se aproximou para exigir a libertação dos detidos, o que resultou em um confronto com moradores e agentes.

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