Poluição do Riachuelo: denúncia ao Estado e desesperança dos moradores.

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Em outubro de 2024, a Suprema Corte finalizou sua intervenção no caso da contaminação do Riachuelo, conhecido como “causa Mendoza”.

Isso gerou a rejeição das organizações que representam as pessoas prejudicadas, que na época entraram com um novo recurso judicial.

Agora, diante da falta de respostas, houve uma denúncia contra o Estado. Foi apresentada à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) por “violar os direitos dos vizinhos afetados pela contaminação”.

## Contaminação do Riachuelo: nova denúncia e reivindicações

riachuelo
Contaminação do Riachuelo.

A denúncia foi liderada pelo Centro de Estudos Legais e Sociais (CELS) e pela Associação Cidadã pelos Direitos Humanos (ACDH), a Fundação Ambiente e Recursos Naturais (FARN), entre outros.

Na apresentação à entidade da Organização dos Estados Americanos (OEA), são solicitadas medidas cautelares para que o Estado tome ações com o objetivo de “proteger imediatamente a saúde dos habitantes da bacia”.

Além disso, exigem que “sejam mantidas as medidas ordenadas na sentença de 2008 para melhorar a qualidade de vida“.

As organizações também apresentaram um diagnóstico sobre a situação atual dos trabalhos na bacia. Os trabalhos começaram após a histórica decisão da Suprema Corte, há 20 anos, que ordenou aos governos da Cidade e da Província de Buenos Aires, bem como ao Estado Nacional por meio da ACUMAR, que reparem os danos causados pela contaminação às famílias que vivem às margens do Riachuelo.

O comunicado indica que até outubro do ano passado, quando a Corte decidiu de um dia para o outro encerrar sua intervenção no caso, a própria ACUMAR reconhecia que a implementação das soluções habitacionais alcançava apenas 42% do total de famílias afetadas.

## A situação dos vizinhos
“Eu tinha tanta esperança antes e agora estou desapontada com a Suprema Corte”, disse ao meio globalpressjournal Claudia Espínola, líder comunitária de Villa Inflamable, um bairro com cerca de 3000 famílias.

A situação enfrentada pelos vizinhos.

Simón Ibáñez, outro vizinho cuja casa é frequentemente inundada, relatou a situação dramática ao mesmo meio. Ele carrega sua mãe de 72 anos nas costas e avança como pode até a casa de seu irmão, que fica em uma área mais alta. Sua mãe já caiu uma vez, embora não durante uma evacuação. Tem medo de que ela escorregue e quebre outro osso.

## ACUMAR: demitiram 400 funcionários
Após a situação do “encerramento” do caso, seguiu-se um forte movimento na ACUMAR, que passou por um processo de ajuste. Assim como em outras dependências estatais.

No ano passado, os trabalhadores denunciaram demissões em massa. Na madrugada de 1º de março, segundo relataram, as notificações chegaram a cerca de 400 pessoas.

Alegam que não houve justificativas legítimas em nenhum dos casos, o que também levanta uma grande questão sobre como continuará o plano integral de limpeza da bacia.

Encontraram plásticos e outros resíduos em golfinhos O caso da contaminação do Riachuelo tem 16 anos.

“Somados aos mais de 100 demitidos em 2024. O organismo está enfrentando uma redução de 50% de sua equipe”, apontaram.

“Com isso, avança o desmantelamento do organismo, dedicado ao plano integral de saneamento, paralisando ações de monitoramento da qualidade ambiental, controle de empresas poluentes, gestão de resíduos, prevenção de inundações, saúde e educação ambiental, áreas de habitação e fortalecimento comunitário”, destaca o texto divulgado.

Além disso, esclarece que atuam em um território com mais de 8 milhões de habitantes.

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