Cada tempestade transforma São Paulo em um cenário de caos, afetando seus 12 milhões de habitantes com:
- Inundações e cortes de energia em massa.
- Árvores caídas e congestionamentos quilométricos.
O que antes era uma cidade modelo em infraestrutura agora está seriamente afetada por eventos climáticos extremos.
A mudança nos padrões das tempestades
São Paulo era famosa por sua garoa, uma chuva fina que inspirou canções como Sampa de Caetano Veloso.
No entanto, estudos científicos indicam que a combinação de:
- Aquecimento global.
- Hiperurbanização.
- Alta umidade na região.
Tem gerado a formação de nuvens cumulonimbus, responsáveis pelas tempestades violentas que agora assolam a cidade, especialmente entre dezembro e março.
Chuvas extremas e recordes históricos
Os últimos 20 anos registraram 10 dilúvios extremos, mais que o dobro das duas décadas anteriores, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
O verão de 2025 deixou:
- Seis mortos, o dobro do ano anterior.
- Mais de 2.000 árvores caídas.
- Um recorde de tráfego, com 1.174 quilômetros de congestionamento em um único dia de chuva.
As empresas também têm enfrentado interrupções operacionais e problemas na cadeia de suprimentos.
Tentativas de adaptação e mitigação
Diante dessa crise climática, as autoridades têm implementado medidas como:
- Sistema de alertas por mensagens de texto, com 14 avisos severos desde dezembro.
- Expansão da cobertura verde, que passou de 15% para 26% entre 2021 e 2024, para reduzir as ilhas de calor.
- Reformas no sistema de drenagem urbana, embora as áreas vulneráveis ainda estejam em risco.
Em bairros como Jardim Pantanal, localizado próximo ao rio Tietê, os moradores ainda aguardam soluções após as devastadoras inundações de fevereiro.
São Paulo enfrenta uma nova realidade climática, que exige ações urgentes para garantir a resiliência da cidade e a segurança de seus habitantes.
*Com informações da AFP
