Inicie a remar em defesa do Paraná: sobre o que se trata a campanha

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Neste sábado, 1º de março, em **Puerto Pilcomayo**, **Formosa**, começa a grande [remada em defesa do Paraná](https://noticiasambientales.com/ong/remar-contracorriente-por-el-agua-la-campana-en-defensa-de-los-rios/).

Trata-se da campanha “Remar Contracorrente, pela água e pela vida”, que se desenvolverá ao longo de 22 dias pelo rio.

A proposta já conta com o apoio de mais de **120 organizações** da Argentina e de vários países da **Bacia do Prata** e de outras bacias da **América Latina e do Caribe**.

Remada em defesa do Paraná: a iniciativa

"Remar contracorriente por el agua y la vida", a campanha em defesa da água. (Foto: prensa).

Busca-se **valorizar e defender os recursos naturais** como a água e o ambiente em geral. Contra “modelos extrativistas que destroem a biodiversidade, precarizam suas comunidades e ameaçam nossa soberania”.

A travessia ocorrerá de 1º a 22 de março, partindo de **Puerto Pilcomayo, onde os rios Paraná e Paraguai se encontram**. Assim, começará uma jornada que passará por mais de 20 pontos, incluindo cidades-chave como **Resistência, Corrientes, Goya, Santa Fé e Paraná**.

É para criar espaços de encontro, **assembleias, palestras e atividades culturais** em cada parada. Terminará em Rosário, no **Dia Internacional da Água**, onde se espera a chegada de várias embarcações e celebração por parte das organizações participantes.

A remada será liderada por **Luis “Cosita” Romero**, pescador e ativista que liderou a **remada histórica de 1996** quando, junto com seu companheiro **Raúl Rocco**, remou para impedir a instalação de uma represa no Paraná médio, com grande impacto ambiental e social.

Eles serão acompanhados por **Mariano Martínez, artista de Paraná, Nelson Yapura** pescador, e Francisco Paredes, documentarista que irá registrar a travessia.

As principais embarcações são as canoas “Yaguarona” e “La del Zurdo”, que foram reformadas graças ao trabalho dos coletivos participantes em Paraná. Eles esperam que outras embarcações se juntem ao longo do percurso, enriquecendo a remada com as **comunidades ribeirinhas**.

Expor o impacto ambiental

Os conflitos pela hidrovia.
Os conflitos pela hidrovia.

A travessia tem como objetivo evidenciar o impacto ambiental, social e cultural que a reprivatização da chamada [Hidrovia Paraná-Paraguai](https://noticiasambientales.com/medio-ambiente/hidrovia-parana-paraguay-que-puede-pasar-al-aumentar-la-profundidad-del-rio/) causará. “Não é nada mais do que o nosso Rio Paraná, o coração hídrico da Argentina e da América Latina”, afirmaram os organizadores.

Da organização, convidam a **comunidade e os diversos atores** institucionais a se juntarem à Remada e aos encontros, palestras e atividades para fortalecer a luta em defesa do Paraná e dos rios da América Latina.

Remar contracorrente é uma iniciativa de ação coletiva que reúne mais de **180 organizações ambientais**, sociais, religiosas, culturais e políticas em defesa da água, da vida e da soberania.

O lançamento da campanha e a problemática da hidrovia

Coordenado por **Martha Arriola** (dos Cuidadores da Casa Comum), o evento contou com um painel de apresentação com a participação de diversos referentes.

Entre eles, **“Cosita” Romero** (Cuidadores da Casa Comum – Associação Civil Aangareco Nderejhé), **Luciano Orellano** (Fórum pela Recuperação do Paraná e Encontro Federal pela Soberania), **Alejandro Meitin** (Casa Río Lab / Ensenada), **Blanca Osuna** (Legisladora Nacional por Entre Ríos), **Nelson Yapura** (Associação Civil de Pescadores de Alto Verde, integrante do Conselho Nacional da Agricultura Indígena e Camponesa, e consultor dos Pescadores Indígenas de Salta, entre outras províncias), **Ukai Gladys Do Nascimento**, pertencente ao Povo Nação Charrúa, e **Horacio Enriquez** da Fundação Eco Urbano.

“O que está acontecendo que não somos capazes de defender nossos rios, a natureza, nossos filhos, nossos netos”, questionou Romero. “Dragar a [44 pés é aprofundar](https://noticiasambientales.com/medio-ambiente/hidrovia-parana-paraguay-que-puede-pasar-al-aumentar-la-profundidad-del-rio/) o ecocídio de nossa bacia”, apontou.

“Em nenhum lugar do mundo você verá [navios de 80 mil toneladas](https://noticiasambientales.com/medio-ambiente/hidrovia-parana-paraguay-que-puede-pasar-al-aumentar-la-profundidad-del-rio/). O Danúbio, que chega ao mar Negro, o Reno que atravessa seis países e toda a Europa, com quantas toneladas circulam? [Com 4000 a 6000 toneladas](https://noticiasambientales.com/medio-ambiente/hidrovia-parana-paraguay-que-puede-pasar-al-aumentar-la-profundidad-del-rio/). Aqui querem colocar navios de 80.000 toneladas”, expressou Orellano.

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