A nova empresa se posiciona como um novo paradigma na economia circular, revalorizando os hidrocarbonetos usados e surge da aliança entre os grupos Petroandina e Quimiguay, especializados no tratamento integral de resíduos industriais.
Apenas um litro de óleo lubrificante usado (ALU) descartado no mar contamina um milhão de litros de água e leva entre 10 a 15 anos para se degradar completamente.
Para combater essa realidade, surge a Novergy, uma nova empresa que garante a recuperação eficiente desses hidrocarbonetos usados, transformando-os e revalorizando em bases lubrificantes, combustíveis leves e especializados para sua reutilização pela indústria. Dessa forma, as emissões de carbono de seus produtos são reduzidas em 80%, minimizando seu impacto ambiental.
Seu lançamento surge como produto de uma aliança entre os grupos
Petroandina e Quimiguay, com mais de 25 anos de experiência no tratamento integral dos resíduos industriais. O objetivo é oferecer cobertura nacional e uma resposta sistêmica eficiente e estratégica para a problemática do que fazer com esse tipo de resíduos; e assim se posicionar como um novo paradigma da economia circular.
O óleo lubrificante faz parte da vida cotidiana e produtiva de um país
É utilizado pela indústria em geral, automóveis, caminhões, ônibus, maquinaria agrícola, transporte marítimo, entre outros. Este ano está prevista a produção de 44 bilhões de litros no mundo e projeta-se que em 2029 esse número chegará a 52 bilhões como consequência do aumento da frota automotiva, entre outras causas.
No caso da Argentina, o tamanho do mercado argentino de lubrificantes no segmento automotivo é estimado atualmente em 184,35 milhões de litros e espera-se que atinja 199,20 milhões de litros em 2026.
Diante desse panorama e em um contexto global onde a necessidade de pensar em ações sustentáveis para essa demanda de mercado é primordial, nasce a Novergy, dentro do contexto da economia circular, coletando e regenerando o ALU transformando-o em combustíveis e bases lubrificantes de alta qualidade. O processo permite reutilizar os óleos indefinidamente, evitando o desperdício e maximizando seu ciclo de vida.
A regeneração do óleo usado tem um impacto ambiental significativamente menor do que o processo de refino do petróleo bruto, o que se traduz em números claros: 80% menos emissões de CO2; 90% menos acidificação e 88% menos partículas finas. Enquanto são necessários 140 litros de petróleo bruto para obter um litro de base refinada, apenas 3 litros de ALU são necessários para produzir um litro de Base Lubrificante re-refinada.
Além disso, seu uso permite uma economia energética significativa em comparação com as bases virgens, uma vez que o processo de re-refino consome até 85% menos energia.
Lançamento da empresa
A apresentação da Novergy ocorreu na quinta-feira, 8 de maio, na cidade de Buenos Aires, em Abra Cultural, e contou com a participação de diversos atores da indústria, com um painel composto por especialistas e líderes da empresa que analisaram seu impacto no setor e na sociedade.
“Hoje, não apenas celebramos o início de uma nova empresa, mas também o compromisso de transformar a maneira como entendemos e utilizamos a energia”, destacou o gerente geral da Novergy, Ramiro Ferrari, acompanhado pelos diretores executivos do Grupo Petroandina e Grupo Quimiguay, Facundo Rodríguez e Pablo Vicino.
Respectivamente, Ferrari destacou: “Acreditamos que a Novergy é uma oportunidade concreta para construir um futuro mais limpo, guiados pelos valores da economia circular“
Por sua vez, o engenheiro Osvaldo Belardinelli apresentou dados sobre os benefícios ambientais e os aspectos técnicos do processo de revalorização, enfatizando a inovação e a alta qualidade de seus produtos.
“A eficiência do processo é muito alta: recuperamos 100%. Para dimensionar o impacto, são necessários 140 litros de petróleo bruto para obter 2 litros de bases lubrificantes, mas apenas 3 litros de óleo usado para produzir a mesma quantidade de alta qualidade. Isso reduz as emissões de CO₂ em 80% e converte
