Pensar no outro: proposta acessível de trekking no Aconcágua para pessoas com deficiência.

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Um grupo de 20 pessoas participou de uma proposta original de trekking acessível no Parque Provincial Aconcágua.

Utilizando um monociclo adaptado, realizaram trekking pelo Circuito Turístico Interpretativo Laguna de los Horcones. Em outubro de 2024, houve uma experiência semelhante em Vallecitos, Potrerillos.

Maior acessibilidade nas Áreas Protegidas de Mendoza

Desde 2022, foi implementada uma reorganização nas Áreas Protegidas de Mendoza para tornar as propostas de trekking mais acessíveis para pessoas com deficiência, adaptando a regulamentação ao paradigma do bem-estar. Isso inclui entrada gratuita e acompanhamento em sua travessia pela equipe do órgão.

María Belén Arredondo, uma das referentes desse órgão, destacou esses avanços e conduziu uma pesquisa sobre a equidade social nos serviços turísticos da rede de Áreas Naturais Protegidas.

Histórias inspiradoras: trekking adaptado no Aconcágua

Graças a este contexto, é possível fazer trekking no Aconcágua ou até mesmo alcançar o cume, como o caso do atleta chileno Julio Soto Ugalde, amputado de uma perna devido ao câncer. Esta é uma das muitas histórias inspiradoras que ressaltam a importância do turismo acessível.

O percurso no monociclo, que se assemelha a uma maca, foi realizado recentemente com turistas da empresa Wheel the World, uma plataforma reconhecida dos Estados Unidos que promove o turismo acessível para pessoas com deficiência, idosos e suas famílias.

Também participou a Marga Tour, uma empresa mendocina pioneira em turismo acessível e pet friendly. Natalia Acevedo, uma influenciadora proeminente do turismo sem limites, também experimentou o monociclo em Vallecitos em um encontro realizado em outubro de 2024.

Colaboração internacional e local no turismo acessível

“Através da Marga Tour e de um fã-tour de outra empresa norte-americana, conseguimos trazer este grupo de pessoas. Um dos representantes da empresa havia adquirido uma cadeira de rodas de montanha francesa Joelette. Eles buscavam adicionar valor ao percurso pela ponte suspensa da Quebrada del Durazno“, comentou Arredondo.

O circuito convencional da visita ao Mirante da parede sul da Laguna de Horcones chega até a ponte. Neste caso, o grupo foi autorizado a avançar alguns metros a mais, cruzar a ponte e capacitar os guardas-parques no uso desses elementos técnicos. Protótipos como este estão disponíveis em Parques Nacionais e uma empresa cordobesa desenvolveu uma versão local chamada Champabike.

A importância do trekking adaptado

Belén Escudero, proprietária da Marga Tour, destacou a experiência no Aconcágua: “Sempre que fazemos esse tipo de trekking, a equipe está à disposição da pessoa com deficiência que está no monociclo. É um trekking para o deleite dessa pessoa. São geradas empatia e cooperação, realizando um sonho para aqueles que não podem fazê-lo por seus próprios meios. É um ciclo muito bonito”.

Escudero acrescentou: “Nos sentimos gratos por poder fazer isso. Em Mendoza, há um monociclo da Municipalidade de Luján de Cuyo e já realizamos várias saídas com pessoas cegas, surdas e com deficiência motora. A intenção é que todas as pessoas possam desfrutar sem barreiras. No caso do Aconcágua, esta empresa norte-americana trouxe sua cadeira de rodas para a montanha”.

O que é turismo acessível e para quem é destinado

É o turismo pensado para que pessoas com deficiência possam desfrutar e estar incluídas em viagens e atividades de lazer próprias do tempo livre. Pessoas que têm alguma deficiência motora, sensorial, intelectual ou mental e que não podem participar plenamente e em condições iguais porque encontram alguma barreira que as impede.

Fotos da Marga Tour

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