A província mais austral da Argentina tornou-se o local escolhido para grandes projetos de energia renovável devido a uma descoberta energética que inclui o hidrogênio verde, azul e energia eólica como os mais importantes.
Os recursos de hidrocarbonetos com os quais a província conta preveem a expansão da matriz energética nacional para fontes sustentáveis.
Descoberta energética na Terra do Fogo
O sul da Argentina possui grandes reservas de gás natural, uma infraestrutura ideal para expandir seu potencial e uma localização estratégica com saída para o mar, permitindo a exportação a nível global. Tudo isso sugere um terreno fértil para o desenvolvimento e produção do vetor azul.
Neste contexto, o governo da Terra do Fogo lançou um Plano Estratégico para impulsionar a produção de hidrogênio azul, no qual participarão empresas como a TotalEnergies, que já tem um papel de destaque com o vetor verde, transição eólica e armazenamento de carbono na região.
Importância destacada na COP26
Durante a Conferência Climática COP26, foi destacada a importância do solo argentino e, sobretudo, a participação da província mais austral do continente devido à qualidade de seus recursos, posição estratégica e tecnologia para expandir sua produção.
Memorando de Entendimento com a CWP Global
A província assinou um Memorando de Entendimento com a CWP Global, anunciando a chegada de investimentos à Terra do Fogo. “O acordo busca mitigar os efeitos das mudanças climáticas gerando energias com baixo teor de carbono, como eólica e hidrogênio azul e verde”, conforme anunciado pelo governo da província na rede social X.
A Southern Cone Energy analisará a viabilidade desses projetos, fomentando um ambiente propício para investimento e desenvolvimento em conformidade com padrões internacionais.
Localizações e Fases Iniciais
Para a instalação da empresa, foram selecionadas 4 localizações com áreas entre 1500 e 3000 quilômetros quadrados, divididas entre o Golfo San Jorge, Santa Cruz e Rio Grande. As obras estão em estágios iniciais de avaliação de impacto ambiental e análises técnicas.
Uma vez em funcionamento, o projeto fornecerá cerca de 2,4 milhões de toneladas por ano de hidrogênio verde, incluindo a geração de energias eólicas, eletrólise, dessalinização de água e plantas de amônia, com toda a tecnologia e infraestrutura adequada para a produção.
Repercussões do Memorando
Após a assinatura do acordo, o ministro de Energia da província, Alejandro Aguirre, afirmou: “Estamos começando a traçar as diretrizes para o desenvolvimento do vetor verde com o maior grupo empresarial do mundo que desenvolve esse tipo de projetos”.
Ele também destacou a necessidade de “analisar o contexto macroeconômico e vincular projetos de longo prazo com algumas intenções do Governo Nacional de estabelecer segurança jurídica por meio do Regime de Incentivos a Grandes Investimentos”.
Projeções de Longo Prazo
Aguirre destacou que o projeto gerado após esta descoberta energética trará resultados a longo prazo, mencionando que “uma das coisas que precisam ser trabalhadas na legislação nacional é o desenvolvimento dessas novas energias, trabalhando na infraestrutura e questões ambientais. O porto de Rio Grande é um catalisador para posicionar a cidade como um centro de importação”.
Estima-se que o estabelecimento e desenvolvimento do vetor azul levarão de 5 a 6 anos, prolongando a expansão das energias renováveis no sul da Argentina por cerca de 15 anos.
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